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Mais de 90 civis morrem em áreas de cessar-fogo na Síria

O OSDH documentou diariamente mortes causadas por violações do cessar-fogo por parte das forças governamentais e de grupos armados opositores


	Bombardeios: entre esses civis, pelo menos 29 eram menores de idade e 17 mulheres
 (Bassam Khabieh/Reuters)

Bombardeios: entre esses civis, pelo menos 29 eram menores de idade e 17 mulheres (Bassam Khabieh/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 19 de setembro de 2016 às 08h56.

Beirute - O Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH) revelou nesta segunda-feira que 92 civis morreram na última semana na Síria nas áreas onde vigorou o acordo de cessar-fogo estipulado por Rússia e Estados Unidos.

Entre esses civis, pelo menos 29 eram menores de idade e 17 mulheres.

O OSDH lembrou que, após o início da trégua no último dia 12 às 19h locais (10h de Brasília), a primeira vítima mortal só foi registrada no quarto dia de interrupção das hostilidades.

Desde então, a fonte documentou diariamente mortes causadas por violações do cessar-fogo por parte das forças governamentais e de grupos armados opositores, como disparos de artilharia e de franco-atiradores e bombardeios da aviação.

Além das baixas civis, dez combatentes das facções Legião da Misericórdia e do Exército do Islã morreram em combates contra os efetivos do regime de Bashar al Assad no bairro de Al Jobar e nos arredores da cidade de Hush Nasri, na periferia de Damasco, assim como em Al Quneitra, no sul do país, e em Aleppo, no norte.

Além disso, oito integrantes das tropas governamentais morreram, em sua maioria em confrontos em Al Jobar e em Homs, mas também há outro que morreu em um ataque de aviões israelenses contra uma posição do regime em Al Quneitra, na região das Colinas de Golã.

Assim, o número total de mortos chega a 110 nas áreas de aplicação da trégua na Síria, já que dela estavam excluídas as regiões com presença de organizações jihadistas como o Estado Islâmico (EI) e a Frente da Conquista do Levante, o antigo braço da Al Qaeda no país.

O OSDH explicou que nessas áreas que ficaram fora do pacto de cessação de hostilidades houve 235 mortes.

Entre esses mortos estão 90 efetivos do regime sírio que perderam a vida no fim de semana passado por um bombardeio da coalizão internacional contra a base de uma brigada de artilharia do exército sírio em Jabal Zarda e nas imediações do aeroporto militar de Deir ez Zor, no nordeste do território sírio.

Além disso, 53 milicianos do EI que morreram por bombardeios na periferia da cidade de Deir ez Zor, capital da província homônima, e perto da cidade de Al Mayadin, nesta mesma região; assim como em combates contra as Forças da Síria Democrática (FSD), uma coalizão curdo-árabe, no norte de Aleppo.

A trégua expirou após a meia-noite deste domingo no país árabe sem que nenhuma das partes, nem Rússia nem EUA, tenham declarado seu término ou prolongamento. 

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