Mundo

Mais de 9 mil homens caçam suspeito de atentados em Boston

O serviço de transporte público foi suspenso e centenas de milhares de pessoas foram instruídas a ficar em casa e a não abrir suas portas


	Policiais perseguem suspeito dos atentados de Boston em Watertown: nesta sexta, policiais fortemente armada com fuzis de assalto tomaram as ruas do bairro.
 (REUTERS/Brian Snyder)

Policiais perseguem suspeito dos atentados de Boston em Watertown: nesta sexta, policiais fortemente armada com fuzis de assalto tomaram as ruas do bairro. (REUTERS/Brian Snyder)

DR

Da Redação

Publicado em 19 de abril de 2013 às 18h31.

Washington - Um exército de mais de 9.000 policiais e soldados, apoiados por tanques e helicópteros, vasculhava a cidade de Boston e seus arredores, em busca do suspeito dos atentados na maratona da cidade, em uma caçada acompanhada ao vivo pelas redes de televisão.

Um outro suspeito foi morto nesta madrugada durante a operação policial. Os dois foram identificados como sendo irmãos.

O mais novo, Dzhokhar Tsarnaev, continuava a sendo procurado nesta sexta-feira e a ação policial mobilizou um contingente sem precedentes, em uma das maiores cidades do país.

Em Watertown, perto do campus do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), Jonathan Crespo assistia em sua televisão ao filme "A hora mais escura", que relata a caçada a Osama Bin Laden pelo serviço secreto americano quando percebeu a movimentação dos serviços de segurança próximo a sua casa.

"Minha noiva pensou ter ouvido carros de polícia, eu achei que ela estivesse sob a influência do filme. Mas, logo em seguida, vi muitos veículos, e ouvi algum tipo de explosão, provavelmente uma granada sonora", contou Jonathan.

Pouco tempo depois, Tamerlane Tsarnaev, o irmão mais velho de 26 anos, que o FBI havia identificado antes como o "suspeito número um", morreu após um tiroteio com a polícia. Seu irmão Dzhokhar, de 19 anos, ainda está foragido.

"Eu fiquei com muito medo. Eu realmente não esperava por isso", declarou Jonathan Crespo.


Outro morador do bairro, Yvonne Alaykib, contou que a troca de tiros ecoou no escuro: "Era como se fosse um combate, não parava nunca, foi assustador".

Durante toda a noite, os boatos se multiplicaram no Twitter e no Facebook.

"Ficamos sentados no escuro, com as portas fechadas, enviando mensagens de SMS para tentar obter todas as informações com nossos amigos", explicou uma estudante, chamada Pallavi.

Ao ouvir as explosões, o médico David Schoenfeld, que vive em Watertown, decidiu ir para o hospital, Beth Israel. Ele chegou a tempo para cuidar de Tamerlane Tsarnaev na emergência, para onde foi levado após o tiroteio com a polícia.

"Quando o paciente chegou, ele estava em estado crítico", declarou o médico a repórteres. Ele morreu de seus ferimentos.

Watertown é um bairro calmo de 33.000 moradores, e está localizado a cerca de 15 km do centro de Boston. Nesta sexta, policiais fortemente armada com fuzis de assalto tomaram as ruas.

O serviço de transporte público foi suspenso e centenas de milhares de pessoas foram instruídas a ficar em casa e a não abrir suas portas, a não ser que tivessem a certeza de que era a polícia do lado de fora.

Acompanhe tudo sobre:Boston (Massachusetts)Estados Unidos (EUA)Países ricosPoliciais

Mais de Mundo

Após G20, Brasil assume Brics em novo contexto global

Guerra na Ucrânia chega aos mil dias à espera de Trump e sob ameaça nuclear de Putin

Eleição no Uruguai: disputa pela Presidência neste domingo deverá ser decidida voto a voto

Eleições no Uruguai: candidato do atual presidente disputa com escolhido de Mujica