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Mais de 800 crianças foram recrutadas como soldados no Iêmen em 2017

A ONU indica que 1,3 mil crianças foram mortas ou mutiladas em 2017, metade vítimas de atentados da coalizão militar liderada pela Arábia Saudita

Desde o início da guerra no país em 2015, 2,2 mil crianças morreram e 3,4 mil ficaram feridas (Khaled Abdullah/Reuters)

Desde o início da guerra no país em 2015, 2,2 mil crianças morreram e 3,4 mil ficaram feridas (Khaled Abdullah/Reuters)

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AFP

Publicado em 10 de julho de 2018 às 14h51.

A ONU indicou nesta terça-feira que 842 crianças-soldado, algumas com apenas 11 anos, foram recrutadas em 2017 no Iêmen, país devastado por uma guerra entre rebeldes e forças do governo.

O Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários no Iêmen disse em um comunicado que 76 dessas crianças participaram em combates.

As outras eram encarregadas de "monitorar postos de controle e prédios públicos, patrulhar e levar água, comida e material para posições militares", segundo o texto.

A ONU também indica que em 2017 1.316 crianças foram mortas ou mutiladas, metade das quais foram vítimas de atentados atribuídos à coalizão militar liderada pela Arábia Saudita, que iniciou uma intervenção contra os rebeldes iemenitas em 2015.

As Nações Unidas denunciaram recentemente o impacto devastador do conflito sobre as crianças: 2.200 morreram desde o início da guerra e 3.400 ficaram feridas.

Outras sofrem as consequências da fome ou morrem de doenças que poderiam ser evitadas, como a cólera.

As crianças representam metade dos quase 22 milhões de habitantes iemenitas que precisam de ajuda humanitária para sobreviver.

Segundo a ONU, cerca de 10 mil pessoas morreram desde o início da intervenção saudita contra os rebeldes xiitas hutus, apoiados pelo Irã.

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