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Mais de 6 mil sul-sudaneses fugiram para Uganda em uma semana

Fugas ocorreram por conta da retomada dos enfrentamentos entre o Exército e a oposição armada

Fuga: os sul-sudaneses que fugiram dos combates disseram que os civis foram atacados por ambas as partes no conflito (James Akena/Reuters)

Fuga: os sul-sudaneses que fugiram dos combates disseram que os civis foram atacados por ambas as partes no conflito (James Akena/Reuters)

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EFE

Publicado em 7 de abril de 2017 às 14h50.

Juba - A Organização das Nações Unidas (ONU) informou nesta sexta-feira que mais de 6 mil civis do Sudão do Sul atravessaram a fronteira e chagaram a Lamwo, em Uganda, durante a última semana por conta do reinício dos enfrentamentos entre o Exército e a oposição armada.

"Os refugiados precisam urgentemente de ajuda humanitária imediata, incluindo comida, abrigo, água e assistência médica", indicou o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) em Cartum, em um comunicado publicado hoje.

De acordo com a entidade, os sul-sudaneses que fugiram dos combates disseram que os civis foram atacados por ambas as partes em conflito. No sábado passado, combates entre as forças governamentais e os rebeldes da oposição armada foram registrados em Pajok. O saldo foi de 18 pessoas mortas, segundo o porta-voz oficial do Exército governamental.

Em meados de novembro, relatórios extraoficiais indicaram que mais de 4 mil civis entravam por dia em território ugandense para refugiar-se no acampamento de Bidi Bidi, aberto em agosto e que três meses depois já acolhia 188 mil sul-sudaneses.

A guerra se originou em dezembro de 2013, depois que o presidente Salva Kiir (de etnia dinka) acusou o vice-presidente Riek Machar (da etnia rival nuer) de ter orquestrado um golpe de Estado contra ele.

Apesar de o governo e a oposição armada, encabeçada por Machar, assinaram um acordo de paz em agosto 2015, a tensão continua e numerosas vozes advertiram do perigo de que a situação derive em um genocídio.

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