Mundo

Mais de 400 militares venezuelanos já desertaram e cruzaram a fronteira

Só nas últimas 24h, mais 85 soldados deixaram o governo Maduro na Venezuela e foram para a Colômbia

Fronteira: militares venezuelanos desertam e vão para países vizinhos (Ricardo Moraes/Reuters)

Fronteira: militares venezuelanos desertam e vão para países vizinhos (Ricardo Moraes/Reuters)

E

EFE

Publicado em 27 de fevereiro de 2019 às 15h36.

Bogotá - Pelo menos 85 militares venezuelanos desertaram e entraram na Colômbia nas últimas 24 horas, e com isso já são 411 os soldados que cruzaram a fronteira desde o último sábado, informaram nesta quarta-feira fontes oficiais.

A maioria destes militares (328) se apresentou à delegação regional Oriente de Migração da Colômbia, que abrange os departamentos de Santander e Norte de Santander, cuja capital é Cúcuta e que abriga a principal passagem fronteiriça com a Venezuela, segundo detalhou esse órgão.

Na região metropolitana de Cúcuta estão as pontes internacionais Simón Bolívar, Francisco de Paula Santander e Tienditas, além de inúmeras passagens ilegais através de atalhos.

O diretor-geral de Migração da Colômbia, Christian Krüger, explicou ontem que alguns destes militares chegam ao país com uniforme e armamento, enquanto outros aparecem como civis e em algumas ocasiões acompanhados de suas famílias.

Por isso, Krüger comentou que diante dessa situação várias entidades colombianas estão trabalhando "eficientemente e rapidamente" em cada um dos casos, que serão atendidos individualmente.

Além disso, o diretor-geral destacou que os que chegam pedem refúgio, por isso cada caso é analisado pela Chancelaria para dar a eles uma resposta conforme às informações que fornecem e após um "trabalho de verificação".

As deserções começaram no sábado, quando um grupo de voluntários tentou levar à Venezuela a ajuda humanitária coletada por uma coalizão internacional e que procura aliviar a grave crise que vive a Venezuela.

Acompanhe tudo sobre:Juan GuaidóNicolás MaduroVenezuela

Mais de Mundo

Irã intensifica ataques a Israel e descarta interrupção de programa nuclear

Decisão dos EUA sobre guerra ainda não foi tomada, mas pode ocorrer nos próximos dias, diz NYT

Ministro do Trabalho da Bolívia morre dez meses após assumir o cargo; causa segue sob investigação