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Mais de 300 soldados adicionais patrulharão Washington a pedido do governo Trump

Trump justificou suas medidas em Washington pelo que descreve como uma "onda de crimes" na capital

Trump declarou na última segunda-feira uma "Emergência de Segurança Pública" (Jim Watson/AFP)

Trump declarou na última segunda-feira uma "Emergência de Segurança Pública" (Jim Watson/AFP)

EFE
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Agência de Notícias

Publicado em 16 de agosto de 2025 às 16h27.

A administração do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pediu reforços ao estado da Virgínia Ocidental, que enviará mais de 300 soldados de sua Guarda Nacional a Washington para apoiar os 800 soldados que já patrulham a capital por ordem do republicano.

Trump justificou suas medidas em Washington pelo que descreve como uma "onda de crimes" na capital, afirmações rechaçadas pelas autoridades locais, que garantem que os números atuais de crimes violentos são os mais baixos das últimas décadas.

No âmbito desta campanha, as autoridades da Virgínia Ocidental detalharam neste sábado que, "a pedido da administração Trump", planejam enviar para o vizinho Distrito de Columbia - onde se encontra Washington - "entre 300 e 400 efetivos capacitados" da Guarda Nacional do estado (WVNG, na sigla em inglês).

"A Virgínia Ocidental se orgulha de apoiar o presidente Trump em seu esforço para devolver o orgulho e a beleza à capital de nossa nação", anunciou o governador desse estado, Patrick Morrisey, em comunicado.

Aumento das tropas em Washington

A missão incluirá o fornecimento de equipamento essencial e treinamento especializado, tudo financiado pelos cofres federais.

"A WVNG mobilizará tropas na capital do país como mostra de compromisso com a segurança pública e a cooperação regional", acrescentou o comunicado.

Este anúncio chega um dia depois que as autoridades de Washington processaram a administração do republicano pelo que consideram uma "tomada hostil" da polícia da capital pelo governo federal, que, segundo afirmam, abusou de sua autoridade sob a Lei de Autonomia que regula a autogestão do Distrito desde 1973.

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Após uma audiência em um tribunal federal, o governo recuou na sexta-feira em sua decisão de nomear o diretor da Administração de Controle de Drogas (DEA), Terry Cole, como "comissário de emergência" da polícia, embora ele continue supervisionando as ações de segurança na cidade em cumprimento da ordem do presidente americano.

Trump declarou na última segunda-feira uma "Emergência de Segurança Pública", tomou o controle da Polícia de Washington D.C. e anunciou a mobilização de cerca de 800 soldados da Guarda Nacional da capital, dentro de seus esforços para "restabelecer a ordem pública", amparado em uma cláusula da Lei de Autonomia.

Desde então, a capital americana viu um aumento exponencial na presença de efetivos de agências federais como o FBI, a DEA e o Serviço de Controle de Imigração e Alfândegas (ICE), que realizaram dezenas de prisões por posse de armas e outros crimes, aos quais se somam detenções de imigrantes em situação irregular, segundo a Casa Branca.

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