Placa com a inscrição "Porno Shop": segundo a polícia, os vídeos foram editados, empacotados e vendidos no armazém de Way na cidade canadense (Marco Togni / SXC)
Da Redação
Publicado em 14 de novembro de 2013 às 14h45.
Washington - A polícia de Toronto anunciou nesta quinta-feira a detenção de 348 pessoas em vários países e o resgate de 386 vítimas relacionadas com uma rede internacional de pornografia infantil e abuso sexual baseada na distribuição de vídeos através do correio e da internet.
Estas operações foram efetuadas após uma investigação de três anos na qual colaboraram autoridades de Espanha, México, Estados Unidos e Austrália.
As autoridades canadenses apresentaram 24 acusações contra o proprietário de uma empresa de Toronto, Brian Way, por fabricar, possuir, distribuir, exportar e vender imagens explícitas de crianças de idades compreendidas entre os dois anos e a adolescência, disse a inspetora policial de Toronto, Joanna Beaven-Desjardins.
As centenas de milhares de imagens encontradas mostram "atos horríveis de abuso sexual, alguns dos piores que os policiais jamais viram", declarou a inspetora em entrevista coletiva , segundo o jornal "Toronto Star".
A investigação foi concluída com 108 detenções no Canadá, 76 nos Estados Unidos e mais de 150 em outros países.
A investigação começou em outubro de 2010 com as suspeitas da polícia de Toronto sobre a companhia local Azovfilms.com, que cessou suas operações em 2011 e que era propriedade de Brian Way, de 41 anos.
Segundo a polícia, os vídeos foram editados, empacotados e vendidos no armazém de Way na cidade canadense, apesar de as imagens terem sido filmadas em muitos outros locais do mundo.
Durante os últimos três anos, investigadores de todo o mundo seguiram a pista dos suspeitos de fabricar e distribuir a pornografia infantil e seus clientes, por causa das mais de mil provas que acharam durante a batida na empresa e na residência de Way em 2011.
De acordo com as autoridades, a Azovfilms.com era um site sofisticado, com uma interface similar à do popular portal de vendas Amazon na qual os clientes podiam acessar listas dos "10 melhores" ou ler críticas de outros usuários.
Os clientes podiam pagar com cartão de crédito e eram assegurados que nenhum filme vendido ali violava a lei canadense ou americana, segundo o "Toronto Star".