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Mais de 300 empresas vendem aparelhos da NSA

Centenas de empresas privadas vendem um sistema de vigilância similar ao da Agência Nacional de Segurança dos Estados Unidos (NSA), denuncia jornal


	Espionagem digital: entre os instrumentos oferecidos, há câmeras que podem ser inseridas em latinhas, tijolos ou cadeirinhas de criança para carro
 (Getty Images)

Espionagem digital: entre os instrumentos oferecidos, há câmeras que podem ser inseridas em latinhas, tijolos ou cadeirinhas de criança para carro (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 19 de novembro de 2013 às 13h47.

Roma - Centenas de empresas privadas vendem um sistema de vigilância similar ao da Agência Nacional de Segurança dos Estados Unidos (NSA, na sigla em inglês), utilizado para rastrear e-mails, sms e telefones. A denúncia foi feita pelo jornal britânico The Guardian.

De acordo com a publicação, um relatório elaborado da ONG britânica Privacy International aponta 338 empresas que oferecem este serviço. Entre elas, 77 estão baseadas na Grã-Bretanha. As demais estão nos Estados Unidos, França, Alemanha, Itália e Israel. Este mercado, segundo o The Guardian, é fonte de "crescente preocupação entre as associações de direitos humanos". 

Entre os instrumentos oferecidos, há câmeras de espionagem que podem ser inseridas em uma latinha de refrigerante, em tijolos ou em cadeirinhas de criança para carros. Há também um sistema de interceptação de fibra ótica para Internet, similar ao Tempora (utilizado pela agência britânica GCHQ), lançado no mercado por uma empresa de Dubai, a Advanced Middle East Systems (Ames). Um outro "clone" do Tempora, o Zebra, é ofertado pela sul-africana VASTech. A lista de empresas levantada pela Privacy International inclui também uma empresa italiana, a Hacking Team. Alguns dos produtos vendidos pela companhia foram localizados em Marrocos. 

De acordo com a ONG, as normas italianas para exportação não regulam esse tipo de tecnologia e podem, assim, cair facilmente nas mãos erradas. O levantamento feito pela Privacy International levou quatro anos para ser elaborado. As empresas se defendem afirmando que as tecnologias apontadas no relatório ajudam os governos de países da Ásia, África e Oriente Médio a combaterem o terrorismo e a criminalidade. 

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