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Mais de 25 mil pessoas protestam em frente ao Parlamento grego

Os manifestantes se opõem às duras medidas de austeridade econômica aprovadas pelo governo

Policiais entram em confronto com manifestante durante greve geral na Grécia: 12 pessoas pessoas foram presas (Panagiotis Tzamaros/AFP)

Policiais entram em confronto com manifestante durante greve geral na Grécia: 12 pessoas pessoas foram presas (Panagiotis Tzamaros/AFP)

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Da Redação

Publicado em 15 de junho de 2011 às 08h18.

Atenas - Mais de 25 mil pessoas participam nesta quarta-feira em Atenas de uma manifestação em frente ao Parlamento da Grécia contra as duras medidas de austeridade econômica aprovadas pelo Governo, que se vê diante da terceira greve geral do ano, disseram fontes da Polícia à Agência Efe.

Segundo as fontes, houve apenas um momento de tensão na mobilização desta quarta, quando cerca de 500 pessoas tentaram romper o cordão policial que cerca o edifício do Parlamento, justo quando passava o carro do primeiro-ministro, Giorgos Papandreou.

Grupos de manifestantes jogaram ovos e garrafas de água contra a comitiva do primeiro-ministro. Os policiais prenderam 12 pessoas, que foram libertadas logo em seguida.

Os manifestantes estão concentrados desde as primeiras horas do dia em frente ao prédio do Legislativo - protegido por um forte dispositivo policial - para tentar bloquear o acesso dos deputados.

A Comissão de Finanças da casa deve debater nesta quarta-feira o programa de austeridade aprovado pelo Governo para injetar nos cofres públicos 78 bilhões até 2015, mediante privatizações e fechamentos de empresas públicas, cortes salariais e de previdência e aumentos de impostos.

O protesto foi convocado pelos sindicatos gregos, mas a ele se uniram milhares dos manifestantes conhecidos como "indignados", que há dias vêm ocupando as principais praças do país para contestar o Governo.

Papandreou solicitou uma reunião urgente para esta quarta-feira com o presidente grego, Karolos Papoulias, para analisar a grave situação política e econômica do país.

Enquanto a União Europeia (UE) e o Fundo Monetário Internacional (FMI) exigem a aplicação de duras políticas de economia como condição para continuar fornecendo ajuda financeira ao país, Papandreou enfrenta a rejeição de parte de sua base parlamentar para aprovar essas medidas, indicam a imprensa grega.

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