Mundo

Mais de 22 mil já foram deslocados por inundações no Uruguai

O relatório do Sinae detalha que, do total de pessoas que tiveram que abandonar suas casas, 2.264 foram evacuadas e 20.150 saíram por conta própria


	Casas submersas em Asuncion, Uruguai, em dezembro de 2015
 (REUTERS/Jorge Adorno)

Casas submersas em Asuncion, Uruguai, em dezembro de 2015 (REUTERS/Jorge Adorno)

DR

Da Redação

Publicado em 30 de dezembro de 2015 às 21h42.

Montevidéu - O número de deslocados no Uruguai por causa das inundações que afetam quatro departamentos do litoral oeste do país se elevou até 22.414, informou nesta quarta-feira o Sistema Nacional de Emergência (Sinae).

O relatório do Sinae detalha que, do total de pessoas que tiveram que abandonar suas casas, 2.264 foram evacuadas e 20.150 saíram por conta própria, sem necessitar de ajuda oficial.

Das 22.414 pessoas deslocadas, 10.260 se encontram no departamento de Artigas, 6.677 em Paysandu, 57 em Río Negro e 5.421 em Salto.

As fortes chuvas provocaram o aumento do nível do rio Uruguai, especialmente de seu afluente Cuareim, que banha a cidade de Artigas, e até o momento as inundações provocaram a morte de duas pessoas, segundo fontes oficiais.

Na capital departamental de Artigas, a cidade mais afetada pelas inundações com 9.838 deslocados, o rio Cuareim registrou sua altura máxima no dia 23 de dezembro (15,28 metros), sendo que a cota de segurança é de 10,23 metros. Depois, as águas começaram a baixar, e de acordo com o último boletim do Sinae, o nível atual é de 2,4 metros.

Na cidade de Bella Unión, também no departamento de Artigas, onde o último registro assinalou um número de 421 deslocados, o nível do rio Uruguai se encontra hoje em 9,5 metros, três metros acima da margem de segurança, que é de 6,5 metros.

Com relação ao nível do rio Uruguai em sua passagem por Paysandu, este está com profundidade de 9,1 metros. A cota de segurança na região é de 5,5 metros. Já em Salto, o nível de água é de 16,3 metros, quatro metros acima de seu nível de segurança.

O Sinae esclareceu que o aumento do número de deslocados ocorreu porque havia pessoas que não tinham registrado sua situação.

As pessoas retiradas de suas residências estão hospedadas em abrigos temporários coordenados pelos serviços de emergência, e as outras estão em casas de familiares ou acampamentos administrados pelo governo.

Desde o começo, o Sinae coordena com as autoridades departamentais a entrega de utensílios e bens para a saúde e a higiene pessoal graças também à colaboração de várias organizações não governamentais. 

Acompanhe tudo sobre:América LatinaChuvasDesastres naturaisUruguai

Mais de Mundo

Putin sanciona lei que anula dívidas de quem assinar contrato com o Exército

Eleições no Uruguai: Mujica vira 'principal estrategista' da campanha da esquerda

Israel deixa 19 mortos em novo bombardeio no centro de Beirute

Chefe da Otan se reuniu com Donald Trump nos EUA