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Mais de 215 mil mortos em quatro anos de conflito na Síria

Dados foram divulgados pela ONG Observatório Sírio de Direitos Humanos. Guerra foi iniciada em 15 de março de 2011


	Ataque na Síria: Guerra foi iniciada em 15 de março de 2011. Números de ONG podem estar subestimados
 (Aris Messinis/AFP)

Ataque na Síria: Guerra foi iniciada em 15 de março de 2011. Números de ONG podem estar subestimados (Aris Messinis/AFP)

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Da Redação

Publicado em 15 de março de 2015 às 17h05.

A guerra na Síria provocou mais de 215 mil mortes desde o início da revolta contra o regime de Bashar al-Assad em 15 de março de 2011, anunciou neste domingo a ONG Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH).

"Contabilizamos 215.518 mortos em quatro anos de guerra, incluindo 66.109 civis", afirmou à AFP Rami Abdel Rahman, diretor do OSDH, que dispõe de uma ampla rede de fontes na Síria.

Entre as vítimas civis, 10.808 eram crianças. Mais de 5.000 pessoas morreram no país desde fevereiro, segundo Rahman.

Do lado dos rebeldes sírios moderados, 39.227 morreram na guerra, um balanço que inclui os combatentes curdos sírios.

Os grupos jihadistas (Frente Al-Nosra e Estado Islâmico) perderam 26.834 homens, segundo o OSDH, uma ONG com sede na Inglaterra.

Do lado das forças pró-regime, a ONG contabiliza 46.138 soldados mortos, 30.662 milicianos das forças de defesa nacional, 674 membros do Hezbollah xiita libanês e 2.727 milicianos xiitas de outros países. O OSDH contabilizou outros 3.147 mortos não identificados.

O balanço, destacou Abdel Rahman, "é certamente superior aos 215.000 mortos contabilizados, pelo grande número de desaparecidos com paradeiro ignorado".

Ele também disse que é necessário acrescentar as 20.000 pessoas que estão nas prisões do regime e são consideradas desaparecidas. Também são ignorados os destinos de milhares de civis e combatentes que foram sequestrados.

"O número supera 215.000 mortos, enquanto a comunidade internacional permanece em silêncio e nenhum tribunal internacional pune estes crimes", denuncia Rami Abdel Rahman. "A impunidade estimula o assassino a continuar com seus crimes", completou.

"O povo sírio se levantou em março de 2011 para conquistar um Estado de direito e a liberdade, e não para passar da opressão da ditadura à opressão do grupo Estado Islâmico", concluiu.

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