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Mais de 200 civis sul-sudaneses se afogam quando fugiam

Mais de 200 civis que fugiam dos combates no Sudão do Sul se afogaram quando o barco no qual viajavam afundou

Sul-sudaneses: combates já deixaram mais de 400.000 deslocados e mais de 1.000 mortos (Phil Moore/AFP)

Sul-sudaneses: combates já deixaram mais de 400.000 deslocados e mais de 1.000 mortos (Phil Moore/AFP)

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Da Redação

Publicado em 14 de janeiro de 2014 às 09h21.

Juba - Mais de 200 civis que fugiam dos combates no Sudão do Sul se afogaram nesta terça-feira quando o barco no qual viajavam afundou, indicou à AFP Philip Aguer, um porta-voz do exército.

"Há entre 200 e 300 pessoas (afogadas), incluindo mulheres e crianças. O barco estava sobrecarregado", declarou o porta-voz militar Philip Aguer. "Todos se afogaram. Estavam fugindo dos novos confrontos em Malakal", a capital do estado petroleiro do Alto Nilo, acrescentou.

Em Malakal, assim como em outros pontos do país, os rebeldes estão realizando um ataque para tentar tomar a cidade.

"Há combates dentro e nos arredores de Malakal", declarou o chefe de operações humanitárias da ONU, Toby Lanzer, estimando que o número de refugiados na base da ONU na zona passou de 10.000 para 19.000 pessoas.

O exército indicou, por sua vez, que há intensos combates no sul de Bor, a capital do estado de Jonglei (leste), o centro dos confrontos desde meados de dezembro. O exército tenta retomar o controle da cidade, nas mãos dos rebeldes.

"Estamos avançando em direção a Bor, ocorreram combates muito intensos na noite de segunda-feira", declarou Aguer. O porta-voz do exército negou, no entanto, que os rebeldes tenham tomado o porto de Mongalla, a 50 km de Juba, a capital sul-sudanesa, na rota em direção a Bor.

Os combates, provocados pela rivalidade entre o presidente Salva Kiir e seu ex-vice-presidente Riek Machar, destituído em julho e agora líder dos rebeldes, já deixaram mais de 400.000 deslocados e mais de 1.000 mortos, segundo a ONU.

Kiir acusa Machar e seus simpatizantes de terem tentado dar um golpe de Estado. Riek Machar nega esta acusação e acusa o presidente de querer eliminar seus rivais.

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