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Mais de 14,4 milhões de chilenos podem votar em plebiscito

O plebiscito foi oficialmente convocado pelo presidente Sebastián Piñera, ontem, em uma cerimônia no Palácio de La Moneda

Protestos no Chile: elaboração de uma nova Constituição é uma das principais reivindicações dos protestos (Claudio Reyes/AFP)

Protestos no Chile: elaboração de uma nova Constituição é uma das principais reivindicações dos protestos (Claudio Reyes/AFP)

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EFE

Publicado em 28 de dezembro de 2019 às 17h17.

Santiago - Mais de 14,4 milhões de chilenos serão convocados para votar no plebiscito do dia 26 de abril de 2020, que decidirá se deve ou não ser alterada a atual Constituição, redigida durante a ditadura de Augusto Pinochet, informou neste sábado a autoridade eleitoral.

"Até agora, podemos relatar que a lista eleitoral provisória para o Plebiscito Nacional 2020 é composta por 14.404.405 eleitores masculinos e femininos que estão autorizados a votar", disse o presidente do Conselho de Administração do Serviço Eleitoral (Servel), Patricio Santamaría.

O plebiscito foi oficialmente convocado pelo presidente Sebastián Piñera, ontem, em uma cerimônia no Palácio de La Moneda, sede do governo, e nele os chilenos terão que decidir se querem uma nova Carta Magna e qual mecanismo deve ser usado para redigi-la.

As duas opções para escolher são uma "convenção mista", formada igualmente pelos parlamentares atuais e cidadãos eleitos; ou uma "convenção constituinte", composta apenas por pessoas escolhidas exclusivamente para esse fim.

Caso o plebiscito seja aprovado, a eleição dos constituintes será realizada em outubro, coincidindo com as eleições regionais e municipais, e a nova Constituição - que deve ser redigida no máximo em um ano - será ratificada em outro plebiscito, com voto obrigatório.

Segundo a última pesquisa, 86% dos chilenos são a favor de uma nova lei fundamental e 61% apoiam uma convenção constitucional e 36% uma convenção mista.

A elaboração de uma nova Constituição é uma das principais reivindicações dos protestos, cujos distúrbios gerados já deixaram pelo menos 24 mortos e milhares de feridos. Os cidadãos consideram o atual texto constitucional a origem da desigualdade no país.

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