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Mais de 100 migrantes desaparecem após naufrágio na Líbia

Até o momento, autoridades registraram ao menos 426 pessoas mortas que tentaram cruzar o Mediterrâneo desde o início do ano

Crise Humanitária: Migrantes a bordo de embarcação na Líbia (AFP/AFP)

Crise Humanitária: Migrantes a bordo de embarcação na Líbia (AFP/AFP)

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AFP

Publicado em 25 de julho de 2019 às 20h36.

Mais de 100 migrantes estão desaparecidos, nesta quinta-feira, após naufrágio de um barco frente às costas líbias, indicaram a Organização Internacional para Migrações (OIM) e a marinha líbia.

"A pior tragédia no Mediterrânio este ano acaba de acontecer", declarou o Alto Comissário das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR), Filippo Grandi, no Twitter.

"O naufrágio ocorreu no mar em frente à cidade líbia de Khoms", 120 km ao leste da capital Trípoli, afirmou à AFP Safa Msehli, oficial de comunicações do escritório da OIM na Líbia.

Outros 145 migrantes foram resgatados por guarda-costas líbios e levados para Khoms, agregou.

Pessoas resgatadas contaram que o barco naufragou e que havia a bordo cerca de 150 migrantes, informou a porta-voz.

Entretanto, segundo o general Ayoub Kacem, porta-voz da marinha líbia, "134 migrantes foram resgatados e um corpo recuperado, e 115 migrantes estão desaparecidos".

"Uma embarcação de madeira que transportava cerca de 250 migrantes clandestinos, entre eles mulheres e crianças (...) naufragou a menos de 5 milhas marinas da costa, segundo testemunhas de migrantes sobreviventes", afirmou o general Kacem em comunicado enviado à AFP.

Antes do naufrágio anunciado nesta quinta-feira, a ACNUR e a OIM haviam registrado ao menos 426 pessoas mortas que tentaram cruzar o Mediterrâneo desde o início do ano.

Apesar da insegurança persistente, a Líbia continua a ser um importante local de trânsito para migrantes que fogem de conflitos e instabilidade em outras regiões da África e do Oriente Médio.

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