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Mais de 1.200 pró-Mursi vão ser julgados no sábado

É a primeira vez que tantas pessoas são julgadas em apenas um caso, enquanto vários processos de islamitas já foram abertos desde a destituição de Mursi


	Apoiador de Mohamed Mursi: desde queda de Mursi, novas autoridades iniciaram repressão implacável que deixou pelo menos 1.400 mortos, segundo Anistia Internacional
 (Muhammad Hamed/Reuters)

Apoiador de Mohamed Mursi: desde queda de Mursi, novas autoridades iniciaram repressão implacável que deixou pelo menos 1.400 mortos, segundo Anistia Internacional (Muhammad Hamed/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 21 de março de 2014 às 19h30.

Mais de 1.200 partidários do presidente islâmico Mohamed Mursi, destituído pelo Exército, serão julgados a partir de sábado no Alto-Egito pelos atos de violência de meados de agosto, quando soldados e policiais reprimiam manifestações islamitas com um banho de sangue, indicaram fontes judiciais.

É a primeira vez que tantas pessoas são julgadas em apenas um caso, enquanto vários processos de islamitas já foram abertos desde a destituição de Mursi - primeiro chefe de Estado democraticamente eleito do Egito -, no dia 3 de julho.

Desde a queda de Mursi, as novas autoridades iniciaram uma repressão implacável que deixou pelo menos 1.400 mortos, segundo a Anistia Internacional, sendo mais da metade no dia 14 de agosto durante a dispersão de dois protestos pró-Mursi no Cairo.

Além disso, em oito meses, milhares de militantes islâmicos foram presos e estão sendo julgados, a exemplo de Mursi e de quase todos os líderes da Irmandade Muçulmana, à qual pertence.

Entre os co-acusados do julgamento de sábado, que vai ser realizado em Al-Minya, ao sul do Cairo, está o guia supremo da Irmandade, Mohamed Badie.

Com os mais de 1.200 outros acusados, ele deve responder principalmente por ataques contra pessoas e bens públicos.

Desde a destituição de Mursi, seus seguidores protestam com frequência para exigir seu retorno ao poder. Suas manifestações quase sempre acabam em confrontos com as forças de segurança e com partidários do novo governo comandado pelos militares.

A influente Irmandade Muçulmana foi classificada de grupo "terrorista" em dezembro pelas autoridades após um atentado suicida que deixou 15 mortos em uma delegacia ao norte do Cairo, em um ataque reivindicado por um movimento jihadista sem ligação evidente com a Irmandade.

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