Mundo

Mais astros da NBA se juntam a protestos nos EUA

Dezenas de manifestantes novamente bloquearam uma rodovia na Califórnia

Kobe Bryant: astro do Los Angeles Lakers Kobe Bryant e outros jogadores utilizaram uma camiseta com a frase “Eu não consigo respirar” (Jayne Kamin-Oncea-USA TODAY Sports)

Kobe Bryant: astro do Los Angeles Lakers Kobe Bryant e outros jogadores utilizaram uma camiseta com a frase “Eu não consigo respirar” (Jayne Kamin-Oncea-USA TODAY Sports)

DR

Da Redação

Publicado em 10 de dezembro de 2014 às 07h59.

Berkeley - Mais jogadores da NBA se uniram aos protestos nos Estados Unidos contra a violência policial na noite de terça-feira, e dezenas de manifestantes novamente bloquearam uma rodovia na Califórnia.

As manifestações irromperam na semana passada, após um júri ter decidido não indiciar um policial branco de Nova York pela morte, em julho, de Eric Garner, um homem negro desarmado, pai de seis filhos. O policial, Daniel Pantaleo, aplicou uma gravata que sufocou Garner.

O astro do Los Angeles Lakers Kobe Bryant e outros jogadores utilizaram uma camiseta com a frase “Eu não consigo respirar”, últimas palavras de Garner conforme mostrado em um vídeo, enquanto aqueciam no Staples Center para uma partida na noite de terça-feira.

A manifestação dos jogadores aconteceu uma noite após o jogador LeBron James, do Cleveland Cavalier, e outros terem vestido uma camiseta semelhante antes de um jogo em Nova York.  A decisão de não indiciar Pantaleo aconteceu quase uma semana após um júri do Estado de Missouri também ter decidido não indiciar outro policial branco, Darren Wilson, pela morte a tiros do adolescente negro Michael Brown, em agosto, na cidade de Ferguson, subúrbio de St. Louis. 

Os dois incidentes salientaram o relacionamento tenso entre a polícia e norte-americanos negros e têm alimentado um debate nacional nos Estados Unidos sobre relações raciais.

Em Berkeley, na Califórnia, cidade com histórico de ativismo social, centenas de pessoas enfrentaram uma linha de policiais que utilizavam equipamento de tropa de choque em frente à sede da polícia na terça-feira.  “Todos esses incidentes - não é apenas uma ocorrência. É por isso que estou revoltado”, disse o manifestante Marsalis Johnson, de 19 anos, um mecânico de bicicletas de Berkeley.

“Como um jovem negro, sempre me sinto como um alvo”.  Dezenas de manifestantes brevemente foram até a Rota Estadual 24 na vizinha Oakland, atrapalhando o trânsito antes de serem repelidos pela polícia. Um porta-voz da polícia rodoviária disse que diversos manifestantes haviam sido presos na via, mas não deu números.

Uma planejada assembleia do Conselho Municipal de Berkeley foi cancelada na terça-feira após manifestantes terem prometido impedir o encontro.  Na noite anterior, mais de 150 manifestantes foram presos ao redor de Berkeley após terem fechado uma rodovia e atirado pedras na polícia.  O comissário de polícia de Nova York prometeu, na terça-feira, reparar as relações com comunidades pobres e minorias, dizendo que o departamento treinaria novamente seus agentes para ensinar maneiras não violentas de realizar prisões.  “A realidade é que há uma divisão entre a polícia e algumas pessoas em comunidades que precisam mais de nós, mas essa divisão pode ser superada”, disse Bratton a um grupo empresarial de Nova York. “A realidade é que as pessoas e a polícia podem ser parceiras." A NBA disse na terça-feira que não tomaria ações contra jogadores por utilizarem a camiseta “Eu não consigo respirar”.

Acompanhe tudo sobre:BasqueteEsportesPreconceitosProtestosProtestos no mundoRacismoViolência policial

Mais de Mundo

Juiz adia indefinidamente sentença de Trump por condenação em caso de suborno de ex-atriz pornô

Disney expande lançamentos de filmes no dinâmico mercado chinês

Polícia faz detonação controlada de pacote suspeito perto da Embaixada dos EUA em Londres

Quem é Pam Bondi indicada por Trump para chefiar Departamento de Justiça após desistência de Gaetz