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Maioria de alemães vincula os atentados à política de Merkel

A maioria dos alemães (52%) acredita que atentados ocorridos no país são uma consequência da política de refugiados liderada pela chanceler Angela Merkel


	Angela Merkel: de acordo com a pesquisa, 50% dos entrevistados sentem medo quando estão em multidão
 (Stefanie Loos/Reuters)

Angela Merkel: de acordo com a pesquisa, 50% dos entrevistados sentem medo quando estão em multidão (Stefanie Loos/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 30 de julho de 2016 às 09h30.

Berlim - A maioria dos alemães (52%) acredita que os dois atentados islamitas ocorridos no país são uma consequência da política de refugiados liderada pela chanceler Angela Merkel e não compartilha a confiança da chefe do Executivo na capacidade do país para enfrentar com sucesso a situação.

O medo da população se reflete na pesquisa realizada pelo instituto "YouGov" depois que um menor refugiado afegão atacasse com um machado os passageiros de um trem em Würzburg e ferisse cinco pessoas, além da bomba detonada em Ansbach por um jovem solicitante de asilo sírio, que morreu na explosão e feriu 15 pessoas.

De acordo com a pesquisa, 50% dos entrevistados sentem medo quando estão em multidão, contra 42% que não têm.

Após os atentados, Angela Merkel apareceu diante dos veículos de imprensa defendendo sua política de asilo e reiterou a frase que pronunciou há 11 meses, em plena crise dos refugiados: "podemos conseguir isto".

A pesquisa também aponta que 66% dos alemães não compartilham essa frase da chanceler.

A maioria acha provável que nos próximos meses aconteça no país um atentado e, entre as medidas reivindicadas para enfrentar a esta nova ameaça, destaca uma maior presença policial e mais rigorosa legislação de asilo, defende 65% dos entrevistados.

Metade dos entrevistados considera também necessária uma legislação sobre armas mais rigorosa e 49% defendem facilitar os trabalhos de vigilância da polícia e dos serviços secretos. 

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