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Maior terremoto no México desde 1932 deixa pelo menos 61 mortos

Diversos municípios do sul do México acordaram na sexta-feira entre escombros, edifícios danificados e sem energia elétrica

Juchitan:  uma das regiões atingidas pelo terremoto (Jorge Luis Plata/Reuters)

Juchitan: uma das regiões atingidas pelo terremoto (Jorge Luis Plata/Reuters)

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EFE

Publicado em 9 de setembro de 2017 às 09h11.

Última atualização em 9 de setembro de 2017 às 09h13.

México.- Pelo menos 61 mortos, mais de 250 feridos e 159 municípios em estado de emergência é o saldo preliminar do terremoto que na noite da última quinta-feira atingiu o México e uma parte da América Central, o de maior magnitude sofrido por este país desde 1932.

Diversos municípios do sul do México acordaram na sexta-feira entre escombros, edifícios danificados e sem energia elétrica, como consequência do terremoto de magnitude 8,2 na escala de Richter registrado às 23h49 (hora local) de quinta-feira.

Desde que a terra tremeu, o número de mortos não parou de subir.

O presidente Enrique Peña Nieto declarou três dias de luto nacional pelas vítimas fatais do terremoto.

De acordo com Peña Nieto, 45 pessoas morreram em Oaxaca (sul), 12 em Chiapas (sudeste) e quatro em Tabasco (sudeste).

Dos mortos em Oaxaca, 36 são do município de Juchitán. A prioridade nesse local, garantiu o presidente, é "restabelecer o abastecimento de água e alimentos, assim como atendimento médico às vítimas".

As estimativas iniciais indicam que até 50 milhões de pessoas foram expostas ao terremoto no México e 37 milhões perceberam de maneira moderada ou forte.

A magnitude do terremoto, cujo epicentro ficou a 133 quilômetros ao sudoeste de Pijijiapan, em Chiapas, superou ao que foi registrado em 19 de setembro de 1985 (de 8,1 na escala Richter).

Embora não haja mortes ou danos maiores na capital, o som do alerta sísmico fez com que voltassem os fantasmas de 1985, quando milhares de pessoas morreram na cidade.

O Ministério do Interior emitiu uma declaração de emergência para 41 municípios do estado de Oaxaca. A região mais atingida pelo terremoto é a do Istmo de Tehuantepec, especialmente Juchitán.

Cerca de 7 mil casas, a metade do total, têm danos estruturais importantes, segundo o governador de Oaxaca, Alejandro Murat.

Além disso, há um policial desaparecido e que pode estar embaixo de escombros do Palácio Municipal, parcialmente destruído.

O Ministério da Marinha emitiu em Chiapas um alerta na região por risco de tsunami, com isso, quase 10 mil pessoas foram evacuadas, "principalmente na costa", desde que ocorreu o terremoto, pouco antes da meia-noite, disse o governador Manuel Velasco.

Já o Ministério do Interior declarou emergência extraordinária para 118 municípios de Chiapas, enquanto o Exército lançou o plano DN-III, que deslocou aproximadamente mil soldados para as áreas afetadas.

Além disso, 100 membros da Gendarmaria foram transferidos para municípios necessitados.

Em Chiapas, Oaxaca e Tabasco, a rede rodoviária federal sofreu alguns danos "sem afetar a conectividade", afirmou a Secretaria de Comunicações e Transportes (SCT).

As autoridades mexicanas pediram que permanecessem alertas após o terremoto, em antecipação a possíveis tremores.

O Serviço Sismológico Nacional (SSN) registrou que ontem, até às 13h (hora local), foram detectadas 337 réplicas. Entre elas, a de maior magnitude foi de 6,1 na escala Richter.

O México teve apenas no ano passado, 15,4 mil movimentos sísmicos, de acordo com dados da Universidade Autônoma Nacional do México (UNAM).

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