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Maior celebração do islamismo terá toque de recolher este ano

Países muçulmanos devem aumentar as medidas de controle do coronavírus no feriado Eid-al-Fatr

Islamismo: feriado religioso de três dias será celebrado de outra forma por conta do coronavírus (Ammar Awad/Reuters)

Islamismo: feriado religioso de três dias será celebrado de outra forma por conta do coronavírus (Ammar Awad/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 22 de maio de 2020 às 06h33.

Última atualização em 22 de maio de 2020 às 13h52.

O mundo islâmico celebra neste final de semana o Eid-al-Fatr, feriado religioso de três dias em que as famílias e amigos fazem grandes comemorações e as crianças ganham presentes. Este ano, a celebração será bem diferente.

Na Arábia Saudita, o governo já determinou que haverá um toque de recolher à noite para evitar que as pessoas saiam de casa. No Egito, os fiéis deverão estar em casa pontualmente às 17h e não poderão sair até a manhã do dia seguinte. O presidente Recep Erdogan, da Turquia, anunciou que será implantado um lockdown em todo o país durante o Eid-al-Fatr.

O objetivo é evitar um súbito aumento na propagação do coronavírus. Na Turquia, já há mais de 153.000 casos registrados. Na Arábia Saudita, a covid-19 já atingiu mais de 65.000 pessoas. A maior preocupação, agora, é manter as pessoas em casa durante uma das maiores celebrações do mundo islâmico.

O Eid al-Fatr (“feriado da quebra do jejum”, em árabe) marca o fim do Ramadã, o período de quatro semanas em que os fiéis jejuam e se dedicam a práticas espirituais destinadas a uma maior aproximação com o profeta Maomé, o fundador da religião islâmica. A data de início do Ramadã e do Eid-al-Fatr é definida pela chegada da lua crescente. Por isso, pode ter pequenas variações de país para país.

Este ano, o feriado deve começar a ser celebrado no sábado, 23, na maior parte do mundo islâmico. As comemorações, a portas fechadas, devem ir até segunda, 25, ou terça, 26. Para impedir aglomerações, quase todas as mesquitas estarão fechadas. Na Arábia Saudita, as duas mesquitas de Meca e Medina, os polos mais importantes do islamismo, não abrirão as portas.

Em Jerusalém, a mesquita Al-Aqsa, construída por volta do ano 700 depois de Cristo e a terceira mais importante da religião muçulmana, também não vai receber os fiéis este ano. A expectativa é que pelo menos ela possa reabrir de forma escalonada depois do feriado. “Estamos estudando todos os detalhes para não quebrar as regras de saúde pública”, disse Omar al-Kiswani, diretor da mesquita, à agência AFP. Mas, neste Eid, as preces serão feitas em casa.

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