Mundo

Ex-Magnata do petróleo russo critica governo

Julgado por delitos financeiros, ex-presidente de petrolífera russa não crê em absolvição

Russo Mikhail Khodorkovski, julgado por delitos financeiros (©AFP  Tatyana Makeyeva/EXAME.com)

Russo Mikhail Khodorkovski, julgado por delitos financeiros (©AFP Tatyana Makeyeva/EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 25 de abril de 2011 às 22h57.

Moscou - O ex-magnata do petróleo russo Mikhail Khodorkovski, julgado por malversação e outros delitos financeiros, declarou nesta terça-feira que não quer morrer na prisão e que não acredita "numa absolvição numa Rússia doente".

"Ninguém acredita numa absolvição, mas temos esperança", enfatizou, numa declaração em juízo durante o último dia de seu julgamento em Moscou.

O veredicto deste processo é esperado a partir de 15 de dezembro.

"Não quero morrer na prisão, minhas convicções não valem que minha vida corra o risco", declarou, em um discurso muito crítico em relação às autoridades da Rússia, um "país doente, onde os burocratas e os serviços especiais controlam tudo".

"Com a chegada do novo presidente (Dimitri Medvedev, em 2008, sucedendo Vladimir Putin), muitos de meus concidadãos acreditaram que a Rússia se converteria num Estado moderno, livre de corrupção e injustiças", afirmou.

"Mas um país em que a burocracia e as pessoas de uniforme custodiam na prisão milhares de empresários é um país doente. Um Estado que só tem confiança nos burocratas e nos serviços especiais é um Estado doente", afirmou o ex-chefe do grupo petroleiro Yukos.

"Tenho vergonha de um Estado que mente, tortura, faz reféns, e coloca na prisão os funcionários da Yukos", declarou.

Ao final de seu discurso na sala do tribunal Khamovniki de Moscou, o público aplaudiu Khodorkovski gritando "Liberdade, Liberdade".

Khodorkovski e seu principal sócio Platon Lebedev comparecem desde abril de 2009, acusados, entre outras coisas, de malversação e de revenda ilegal de milhões de toneladas de petróleo entre 1998 e 2003. A promotoria pediu uma pena de 14 anos de prisão para os dois homens.

Detidos em 2003, Khodorkovski e Lebedeb já foram condenados em 2005 a oito anos de prisão por fraude em grande escala e evasão fiscal.

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaEscândalosEuropaFraudesIndústriaIndústria do petróleoIndústrias em geralRússia

Mais de Mundo

Votação antecipada para eleições presidenciais nos EUA começa em três estados do país

ONU repreende 'objetos inofensivos' sendo usados como explosivos após ataque no Líbano

EUA diz que guerra entre Israel e Hezbollah ainda pode ser evitada

Kamala Harris diz que tem arma de fogo e que quem invadir sua casa será baleado