El Paso: tiroteio deixou 22 mortos em uma unidade do Walmart (Jose Luis Gonzalez/Reuters)
EFE
Publicado em 8 de agosto de 2019 às 11h08.
Última atualização em 8 de agosto de 2019 às 11h12.
Washington — A mãe de Patrick Crusius, o suposto responsável pelo tiroteio no qual 22 pessoas foram assassinadas no sábado passado na cidade de El Paso, no Texas, entrou em contato com a polícia semanas antes do ataque para expressar preocupação em relação à arma que o filho tinha.
A mulher recorreu à polícia de Allen, cidade do Texas na qual reside a família, preocupada pelo fato de Crusius possuir uma arma sendo jovem, imaturo e inexperiente, segundo relataram os advogados Chris Ayres e R. Jack Ayres nesta quinta-feira à "CNN".
Os advogados detalharam que o objetivo da ligação foi meramente "informativo", dado que a mulher não acreditava que o filho representasse uma ameaça.
"Não era um menino instável, com cólera ou de comportamento errático. Não é como se disparassem os alarmes", declarou Chris Ayres.
Durante a ligação, a mãe de Crusius falou com um agente de segurança, que explicou que o jovem, de 21 anos, podia possuir legalmente uma arma. Segundo os advogados, a mulher não falou nem o nome dela nem o do seu filho ao agente, que também não pediu mais detalhes.
Crusius abriu fogo na manhã do último sábado em uma unidade da rede Walmart da cidade de El Paso, matou 22 pessoas — oito de nacionalidade mexicana — e deixou 20 feridos.
As autoridades afirmam que antes do tiroteio Crusius divulgou um manifesto na internet no qual reproduzia o tom do discurso do presidente Donald Trump contra a imigração e alertava para uma "invasão hispânica no Texas". Mais de 80% da população de El Paso - que faz fronteira com Ciudad Juárez, no México - é hispânica.
Crusius foi detido pelas autoridades e está em prisão sem fiança à espera de julgamento. Os promotores já anunciaram que pedirão pena de morte para o acusado.