O presidente em exercício na Venezuela, Nicolás Maduro (REUTERS/Miraflores Palace)
Da Redação
Publicado em 7 de abril de 2013 às 13h33.
Caracas - Com as mãos no volante e sorrindo para os passageiros, o presidente interino da Venezuela, Nicolás Maduro, vai dirigindo um ônibus para os seus comícios de campanha. Ele espera guiar o país para mais seis anos de socialismo.
Nos seus cartazes de campanha, a imagem do homem a quem Maduro chama de "pai", Hugo Chávez, presidente venezuelano que morreu de câncer em 5 de março.
"Chávez estabeleceu a rota, Maduro nos guia", diz o slogan da campanha governista para as eleições presidenciais do próximo domingo.
Explorando as suas raízes trabalhadoras como motorista de ônibus e sindicalista, Maduro promete, se ganhar, avançar com "o socialismo do século 21" de Chávez.
As pesquisas de opinião lhe dão boa vantagem sobre o seu opositor, o candidato de oposição Henrique Capriles.
A cada comício, Maduro, de 50 anos, exibe vídeos de Chávez orientando os seus milhões de simpatizantes a votarem no presidente interino da Venezuela se o pior acontecesse.
Num dos mais novos vídeos da campanha de Maduro, venezuelanos escrevem mensagens como "pelo amor à minha cultura" ou "pelo amor às minhas crianças" em balões e, em seguida, os soltam nos céus. Aparece então o rosto de Chávez, por entre as nuvens.
Os eventos de campanha de Maduro também costumam explorar a imagem de outro filho da classe trabalhadora, o ex-presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva.
Capriles, governador do Estado de Miranda, contra-ataca com críticas a problemas com crime, corte de energia, hospitais precários e falta de água.
Ele acusa Maduro de ser uma cópia ruim de Chávez e de usar na campanha a morte do antigo presidente.
Maduro lançou a sua corrida eleitoral no local onde Chávez cresceu. "Vamos todos sair daqui de ônibus. E aqui está o motorista, o motorista de Chávez", disse ele, apontando para si.