Agência de notícias
Publicado em 10 de setembro de 2025 às 13h28.
Última atualização em 10 de setembro de 2025 às 13h35.
O secretário de Defesa dos Estados Unidos, Pete Hegseth, disse em entrevista na terça-feira que o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, tem "muitas decisões a tomar" em resposta à operação militar dos EUA no sul do Caribe.
Além disso, a autoridade americana acusou o líder bolivariano de estar envolvido no tráfico de drogas, ao ser questionado sobre a atual recompensa de US$ 50 milhões (R$ 270 milhões) que Washington mantém pela rendição do ditador.
— Maduro tem muitas decisões a tomar. Estamos preparados para usar nosso poder para destruir os narcoterroristas que estão enviando drogas para os Estados Unidos — disse Hegseth em entrevista à Fox News, que publicou uma prévia do comunicado, que será lançado nesta quarta-feira.
As falas se deram durante uma visita do comandante do Pentágono a Porto Rico, onde ele supervisionou o aparato militar dos EUA que está disposto perto da costa venezuelana sob o pretexto de combate ao narcotráfico. A visita se dá depois do envio de pelo menos dez caças F-35 para a ilha, em meio a uma escalada da tensão entre os países.
No discurso às tropas na segunda-feira, Hegseth pontuou que as Forças Armadas estão na "linha de frente", e fez questão de distinguir que eles não estão participando de um "exercício de treinamento", mas de uma operação em tempo real.
A governadora de Porto Rico, Jenniffer González, confirmou a presença de Hegseth, e do chefe do Estado-Maior Conjunto, general Dan Caine, na visita à ilha. Ela afirmou sentir-se “honrada” com a passagem das autoridades e declarou apoio às políticas de “American First”, agradecendo ao presidente Donald Trump por reconhecer a importância estratégica de Porto Rico para a segurança nacional e no combate aos cartéis de drogas e ao que chamou de “narcoditador Nicolás Maduro”.
Em publicação na rede social X, Trump destacou que os militares enviados “garantem a segurança de nossas fronteiras e combatem atividades ilícitas para proteger os cidadãos americanos e nossa nação”.
Enquanto isso, a Casa Branca reafirmou sua posição na terça-feira de que o regime de Nicolás Maduro na Venezuela é "ilegítimo", de acordo com declarações da porta-voz do governo dos EUA, Karoline Leavitt, durante uma coletiva de imprensa na capital do país.