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Maduro rejeita acusações de tráfico de drogas e convida Trump para diálogo

A mensagem foi enviada dias depois de os Estados Unidos terem enviado oito navios para o Caribe para operações contra o narcotráfico

AFP
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Agência de notícias

Publicado em 21 de setembro de 2025 às 18h23.

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, rejeitou as acusações feitas pelos Estados Unidos contra ele por tráfico de drogas e convidou seu colega americano, Donald Trump, a "preservar a paz com diálogo", em uma carta divulgada neste domingo, 21, pelo governo venezuelano.

A mensagem, datada de 6 de setembro, foi enviada dias depois de os Estados Unidos terem enviado oito navios para o Caribe para operações contra o narcotráfico e atacado uma primeira embarcação que supostamente havia saído da Venezuela com drogas, deixando 11 mortos.

Maduro afirma que são "absolutamente falsas" as acusações sobre "vínculos com máfias e quadrilhas do narcotráfico".

"É a pior das fake news já lançadas contra nosso país para justificar uma escalada rumo a um conflito armado que causaria um dano catastrófico a todo o continente", acrescenta o texto, no qual convida Trump a "preservar a paz com diálogo e entendimento em todo o hemisfério".

O presidente afirmou que a Venezuela é um território "livre de produção de drogas" e que apenas 5% da droga produzida na vizinha Colômbia tenta ser transportada pelo território venezuelano.

"Um dado muito relevante é que este ano já neutralizamos e destruímos mais de 70% desse pequeno percentual que tenta cruzar por essa extensa fronteira, de mais de 2.200 quilômetros que temos com a Colômbia", disse.

Maduro manifestou a Trump seu desejo de poder "juntos derrotar essas fake news que enchem de ruído uma relação que deve ser histórica e pacífica".

"Estes e outros temas sempre estarão abertos para uma conversa direta e franca com seu enviado especial Rick Grenell, para superar os ruídos midiáticos e as fake news", acrescentou.

Os Estados Unidos atacaram ao menos três embarcações após o deslocamento de seus navios no Caribe há um mês, deixando 14 mortos.

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