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Maduro reafirma a promessa de recuperar Essequibo, disputado com a Guiana

O presidente da Venezuela manteve firme sua postura sobre a recuperação de Essequibo, território disputado com a Guiana há mais de um século

Nicolás Maduro: presidente da Venezuela reafirma compromisso com a recuperação de Essequibo, território disputado com a Guiana (Pedro Mattey/AFP)

Nicolás Maduro: presidente da Venezuela reafirma compromisso com a recuperação de Essequibo, território disputado com a Guiana (Pedro Mattey/AFP)

EFE
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Agência de Notícias

Publicado em 12 de agosto de 2025 às 06h44.

Caracas, 11 ago (EFE) - O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, reiterou nesta segunda-feira que "mais cedo ou mais tarde" o país vai recuperar Essequibo, um território de quase 160 mil quilômetros quadrados, rico em recursos minerais e que é disputado com a Guiana há mais de um século.

"O milagre da recuperação completa de Essequibo vamos ver mais cedo ou mais tarde, façam a manobra que fizer ExxonMobil, imperialismo e a Corte Internacional de Justiça (CIJ)", afirmou Maduro em seu programa semanal, transmitido pela emissora de televisão "VTV".

A postura do governo venezuelano

Ele reiterou que não vai reconhecer a sentença do caso que a CIJ, a pedido da Guiana, está dirimindo sobre Essequibo, assim como declarou nesta segunda-feira seu governo, depois de entregar um novo documento a este organismo que contém, segundo o Executivo venezuelano, a "verdade histórica" dos direitos da nação petrolífera sobre essa região.

"Nós não reconhecemos esse julgamento, não reconhecemos nenhuma decisão que saia de lá. É espúria, vai contra os regulamentos da própria Corte Internacional de Justiça", ratificou o líder chavista.

A origem da disputa territorial sobre Essequibo

As diferenças pelos limites fronteiriços envolvendo Essequibo começaram com o Laudo Arbitral de Paris de 1899, que deu a soberania do território à então Guiana Britânica.

Décadas depois, a Venezuela declarou nulo esse laudo e assinou com o Reino Unido o Acordo de Genebra, que determinou a criação de uma comissão para resolver a histórica controvérsia, o que não chegou a se materializar.

A Guiana, que se baseia no laudo arbitral de 1899, aposta em resolver o conflito territorial através do processo aberto na CIJ.

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