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Maduro quer prender manifestantes contra resultado eleitoral

O presidente venezuelano também advertiu que aqueles que saírem nas ruas para demonstrar sua insatisfação serão processados pela Justiça


	Maduro diante de um painel com imagens de Hugo Chávez e de Simón Bolívar: "linha-dura contra a violência, contra a conspiração. Mão-de-ferro contra o golpismo", disse
 (Juan Barreto/AFP)

Maduro diante de um painel com imagens de Hugo Chávez e de Simón Bolívar: "linha-dura contra a violência, contra a conspiração. Mão-de-ferro contra o golpismo", disse (Juan Barreto/AFP)

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Da Redação

Publicado em 19 de novembro de 2013 às 06h41.

Caracas - O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, advertiu nesta segunda-feira que serão detidos e processados pela Justiça os cidadãos que forem às ruas protestar contra o resultado das eleições municipais de 8 de dezembro.

"Aquele que desconhecer os resultados (...) vai ser detido imediatamente (...) e vai ser processado imediatamente. Vou garantir a paz e o reconhecimento de todos os resultados eleitorais dessas eleições municipais", disse Maduro, em mensagem transmitida em rede nacional obrigatória de rádio e televisão.

Em 8 de dezembro, os venezuelanos irão às urnas para eleger prefeitos e vereadores. Essas eleições são consideradas uma espécie de plebiscito do governo de Maduro, que assumiu em abril.

O presidente informou que as detenções serão realizadas pelos integrantes dos 335 "observatórios de paz", integrados por militares e funcionários da Procuradoria Geral, Promotoria e Tribunal Supremo de Justiça.

"Em 8 de dezembro, quando o CNE (Conselho Nacional Eleitoral) anunciar seu boletim oficial (de resultados), essa é a palavra sagrada. Eu peço que todos respeitemos em paz (...). Linha-dura contra a violência, contra a conspiração. Mão-de-ferro contra o golpismo", frisou o presidente.

As eleições de dezembro serão realizadas em meio a uma grave crise econômica no país, que registra inflação anualizada de 54,3%.

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