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Maduro pede "mão de ferro" contra opositor que buscar intervenção

Segundo o presidente venezuelano, opositores têm viajado aos Estados Unidos para pedir que o país intervenha na Venezuela

O presidente venezuelano Nicolás Maduro discursa em evento pró-governo em Caracas em 09/03/2017 (Marco Bello/Reuters)

O presidente venezuelano Nicolás Maduro discursa em evento pró-governo em Caracas em 09/03/2017 (Marco Bello/Reuters)

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AFP

Publicado em 10 de março de 2017 às 11h16.

Última atualização em 10 de março de 2017 às 11h24.

O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, convocou nesta quinta-feira a Justiça a agir com "mão de ferro" contra os opositores que, segundo ele, viajam aos Estados Unidos para pedir que Washington intervenha na Venezuela.

"Peço aos poderes públicos (...) que defendam a paz, a independência e a integridade constitucional da pátria, que atuem com mão de ferro diante dos que pedem a intervenção do nosso país no exterior", declarou Maduro em um comício em Caracas.

Maduro, abalado por uma grave crise política e econômica, denunciou que "os lobistas da extrema direita" viajam a Washington e a Nova York para solicitar ao governo do presidente Donald Trump que "arremeta" contra a Venezuela.

"É criminoso ir ao Império (EUA) para pedir que arremeta contra seu próprio país. Configura crime (...) de traição à pátria, e os poderes públicos têm que agir para defender a paz".

O vice-presidente do Parlamento dominado pela oposição, Freddy Guevara, se reuniu em 10 de fevereiro passado, em Washington, com o secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), Luis Almagro.

Almagro promove a aplicação da carta democrática interamericana na Venezuela, mecanismo que faculta à OEA intervir em casos de grave alteração constitucional e que, em última instância, pode provocar a suspensão do país do organismo.

Lilian Tintori, mulher do líder opositor preso Leopoldo López, foi recebida no dia 15 de fevereiro, na Casa Branca, por Donald Trump, a quem pediu no Twitter a libertação do marido.

"Ninguém tem imunidade para pedir uma intervenção no nosso país (...). Não vamos tolerar", advertiu Maduro, que no início do ano criou o chamado "comando anti-golpe".

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