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Maduro pede fim de "diplomacia de microfone" a presidente do Panamá

Relações entre os países se abalaram após o Panamá publicar, em março, lista de "alto risco" de lavagem de dinheiro com os nomes de autoridades venezuelanas

Maduro: Ele (Varela) sabe que a Venezuela não sancionou o Panamá, a Venezuela agiu com reciprocidade ante medidas ilegais" (Carlos Garcia Rawlins/Reuters)

Maduro: Ele (Varela) sabe que a Venezuela não sancionou o Panamá, a Venezuela agiu com reciprocidade ante medidas ilegais" (Carlos Garcia Rawlins/Reuters)

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AFP

Publicado em 24 de abril de 2018 às 17h00.

Última atualização em 24 de abril de 2018 às 17h04.

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, disse nesta terça-feira (24) que espera uma ligação de seu contraparte panamenho, Juan Carlos Varela, para resolver o quanto antes o conflito diplomático e comercial que enfrentam.

"Se o presidente do Panamá quer solucionar este assunto, que me ligue, e solucionaremos nós dois. Já estou há quatro dias esperando sua ligação, se ele quer resolver, está em suas mãos", disse Maduro à imprensa no estado de Delta Amacuro (leste).

O mandatário venezuelano pediu para Varela dar fim à "diplomacia de microfone", abrindo a via para um diálogo direto.

As relações entre os dois países se abalaram após o Panamá publicar, em março, uma lista de "alto risco" de lavagem de dinheiro com os nomes de Maduro e outras autoridades e empresas venezuelanas.

Em "reciprocidade", em 5 de abril, Caracas cortou vínculos comerciais por 90 dias com 22 pessoas, inclusive Varela, e 46 empresas, como a Copa Airlines, principal ligação da Venezuela com a América Latina.

As medidas foram ampliadas em 13 de abril, com sanções a outras 50 empresas panamenhas, e o enfrentamento também motivou a saída de embaixadores.

Recentemente, ambos os presidentes manifestaram sua abertura ao diálogo.

Varela "sabe que pode falar comigo se quiser me ligar. Espero sua ligação. Responderei a ele, ele sabe que a Venezuela não sancionou o Panamá, a Venezuela agiu com reciprocidade ante medidas ilegais e de agressão contra nosso país", justificou Maduro.

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