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Maduro ordena redução de funcionários de embaixada dos EUA

Outra ordem foi a de solicitação de visto para qualquer americano que deseje entrar na Venezuela


	O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro
 (Enrique De La Osa/Reuters)

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro (Enrique De La Osa/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 28 de fevereiro de 2015 às 20h59.

Caracas - O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, ordenou neste sábado aos Estados Unidos, a quem acusa de conspirar contra ele, que reduza imediatamente os cerca de cem funcionários diplomáticos de sua embaixada em Caracas a níveis semelhantes aos 20 que seu governo mantém em Washington.

Também, e sempre, destacou, como autoriza o Convenção de Viena que regula as relações diplomáticas internacionais, ordenou que seja notificado de qualquer reunião que os diplomatas americanos desejem realizar no país.

'Acabaram as reuniões conspirativas destes funcionários', afirmou em discurso pronunciado em um comício popular de apoio a sua gestão, transmitido em cadeia obrigatória de rádio e televisão.

'Em primeiro lugar ordenei à chanceler, Delcy Rodríguez, que proceda imediatamente, de acordo com a Convenção de Viena, a revisão, redução, adequação e limitação do número de funcionários; eles têm 100 funcionários e nós 17 lá. Não; termos de igualdade entre os estados a partir de agora', ressaltou.

Outra ordem foi a de solicitação de visto para qualquer americano que deseje entrar na Venezuela e que seja cobrado o mesmo valor da taxa exigida pelos EUA para o mesmo fim.

'Em reciprocidade', ressaltou, a uma lei aprovada recentemente nos Estados Unidos contra funcionários venezuelanos não identificados - aos que Washington acusa de violar os direitos humanos, proibirá de entrar no país sul-americano uma lista de funcionários e ex-funcionários americanos.

Além do ex-presidente George W. Bush, a ordem de Maduro afeta ex-chefes da CIA e congressistas a que identificou de 'extrema-direita' e rotulou de 'terroristas', entre eles Bob Menéndez e Marco Rubio.

'Não poderão entrar na Venezuela. Fora da Venezuela, terroristas!', exclamou.

Disse que a chanceler explicaria posteriormente essas decisões que para os turistas implica 'que não recebam vistos para que não possam jamais vir à Venezuela, um conjunto de chefes políticos dos Estados Unidos que violaram os direitos humanos bombardeando o povo do Iraque, da Síria, do Vietnã e que se acham donos do mundo, a polícia do mundo', atirou Maduro.

'Eu chamo a uma rebelião mundial contra o imperialismo americano', acrescentou em outro momento de seu discurso, feito para milhares de seguidores que caminharam até o centro de Caracas, no palácio presidencial de Miraflores.

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