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Maduro limitará lucro de empresas e ampliará baixa de preços

O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, anunciou que manterá as inspeções de lojas e ampliará o corte dos preços elevados ilegalmente

Clientes abarrotados de compras deixam uma loja de Caracas: ao mesmo tempo, Maduro prepara medidas para limitar margens de lucro (Juan Barreto/AFP)

Clientes abarrotados de compras deixam uma loja de Caracas: ao mesmo tempo, Maduro prepara medidas para limitar margens de lucro (Juan Barreto/AFP)

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Da Redação

Publicado em 11 de novembro de 2013 às 09h07.

Caracas - O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, anunciou neste domingo que manterá as inspeções de lojas e ampliará o corte dos preços elevados ilegalmente, ao mesmo tempo em que prepara medidas para limitar as margens de lucro do aparato produtivo e severas penas contra a especulação.

"Depois que a (lei) habilitante na Assembleia Nacional for aprovada, vou colocar limites percentuais aos lucros do capital em todas as áreas da economia do aparato produtivo venezuelano", disse Maduro em uma extensa mensagem transmitida de maneira obrigatória por rádio e televisão que terminou quase à meia-noite.

Maduro pediu no dia 15 de outubro à Assembleia Geral que aprovasse uma chamada "lei habilitante" para governar por decreto durante um ano com o objetivo de combater a corrupção e o que descreve como uma suposta guerra econômica da oposição contra seu governo.

"Vou pedir normas e penas ao nível máximo que a Constituição permita para este tipo de crimes (de especulação) porque temos que equilibrar o funcionamento da economia", acrescentou em seu longo discurso.

Este anúncio é parte de uma campanha de fiscalização de preços, principalmente de produtos importados, que começou na sexta-feira com uma rede de eletrodomésticos, na qual foi reduzido em até 50% o preço de artigos que, segundo o governo, foram elevados de maneira irregular.

Após a divulgação das reduções de preços em ao menos três redes de eletrodomésticos da capital e do interior, uma multidão de venezuelanos se aglomerou nestas lojas durante o fim de semana e esperou durante horas, dormindo inclusive na rua, para poder comprar os produtos com preços mais baixos.

A denúncia dos sobrepreços ilegais tem como pano de fundo o controle cambial em vigor desde 2003 e no âmbito do qual o dólar é cotado oficialmente a 6,30 bolívares, valor que no mercado negro é superado em mais de oito vezes.

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