EXAME.com (EXAME.com)
Da Redação
Publicado em 12 de março de 2013 às 20h14.
Caracas - O presidente interino da Venezuela, Nicolás Maduro, funcionários e militares participaram nesta terça-feira de um ato religioso para homenagear o governante Hugo Chávez, que morreu há uma semana em Caracas vítima de um câncer.
Um toque de trombetas foi ouvido às 16h25 (17h55 de Brasília) na Academia Militar, a mesma hora em que no dia 5 Chávez morreu.
"Esse revolucionário a frente de seu tempo, comandante Hugo Chávez, foi incompreendido por alguns, vilipendiado por outros, os perversos. Tentaram profanar sua honra, o de seu espírito eterno", disse o presidente interino da Venezuela, Nicolás Maduro, ao concluir uma cerimônia oficiada pelo padre Numa Molina.
O presidente interino acrescentou que Chávez "chamou" o libertador Simón Bolívar e "o fez descer" das estátuas para transformá-lo em um "homem das ruas".
Maduro aproveitou para parabenizar a filha de Chávez María Gabriela por seu aniversário e disse que seu pai está a seu lado e que "a luta continua".
O chanceler venezuelano, Elías Jaua, disse durante o ato transmitido em cadeia de rádio e TV que, oito dias depois da morte do líder, o povo continua fazendo fila para vê-lo no velório.
"Passaram-se oito dias. O presidente Chávez foi banhado pelo amor de um povo. Centenas de milhares, homens e mulheres humildes, crianças e idosos, o viram, o abençoaram o choraram", disse Jaua.
Lembrou que dezenas de chefes de Estado de todo o mundo prestaram homenagens ao presidente morto de quem disse é "um homem que fez e continuará fazendo história".
Chávez morreu aos 58 anos no Hospital Militar de Caracas vítima de um câncer e desde lá foi trasladado, um dia depois, e em meio a uma multidão até a Academia Militar.
Maduro anunciou no dia 7 de março que o corpo de Chávez será embalsamado "eternamente" para que seus seguidores possam vê-lo, uma última morada semelhante à de referências do socialismo mundial como Mao, Lênin e Ho Chi Minh.
Na próxima sexta-feira, o corpo do presidente morto será levado ao Quartel da Montanha, o local onde Chávez se refugiou quando dirigiu como militar o golpe de Estado de 1992.