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Maduro estende as mãos aos EUA para que avancem "juntos"

O presidente da Venezuela disse que estende "uma mão ao governo dos Estados Unidos" para que avancem "juntos em um diálogo franco"


	Nicolás Maduro: "eu estendo uma mão ao governo dos EUA para que avancemos juntos em um diálogo franco e busquemos uma solução"
 (Carlos Garcia/Reuters)

Nicolás Maduro: "eu estendo uma mão ao governo dos EUA para que avancemos juntos em um diálogo franco e busquemos uma solução" (Carlos Garcia/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 13 de março de 2015 às 22h36.

Caracas - O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, disse nesta sexta-feira que estende "uma mão ao governo dos Estados Unidos" para que avancem "juntos em um diálogo franco", após a declaração de "emergência nacional" anunciada pelo chefe de Estado americano, Barack Obama, entre outras medidas.

"Eu estendo uma mão ao governo dos EUA para que avancemos juntos em um diálogo franco e busquemos uma solução com base no direito internacional, no respeito mútuo, para remediar esse grave problema que foi criado", disse Maduro durante um ato político no norte da Venezuela.

O líder venezuelano tachou de "exagerado" e "desproporcional" a declaração de "emergência nacional em todo o território dos EUA" pela "ameaça" que, segundo o governo americano, representa a Venezuela.

"É ilegal com base nas convenções internacionais e isso deve ser retificado, além de um pedido de desculpas", destacou.

O líder venezuelano pediu que suas palavras fossem traduzidas e enviadas diretamente ao presidente americano, que, garantiu, está "desinformado" sobre a situação da Venezuela.

"Passem em inglês isto que estou dizendo, eu quero enviar ao presidente Obama diretamente, com vídeo e tudo, porque ele está desinformado", disse.

Maduro assegurou que a chanceler venezuelana, Delcy Rodríguez, que assistirá amanhã à reunião extraordinária da União das Nações Sul-americanas (Unasul), no Equador, para discutir as medidas anunciadas pelos EUA contra a Venezuela, pedirá que o bloco sul-americano se "transforme em um anel protetor" do país.

"A Venezuela vai ganhar esta batalha e vai vencê-la com uma grande vitória que é a única que nós vamos conseguir, que é a paz, a paz com soberania, a paz com dignidade", disse Maduro.

O presidente venezuelano espera que chegue "o momento em que o presidente Obama não se deixará influenciar pela emoção, pelas paixões e, através do caminho diplomático, da diplomacia da paz, com o apoio da Unasul", ambos encontrem "um caminho para um novo tipo de relações" entre EUA e Venezuela.

Obama declarou "emergência nacional" em seu país, através de uma ordem executiva emitida na última segunda-feira, pela "ameaça incomum e extraordinária" que a situação da Venezuela representa para a segurança dos EUA.

O anúncio dos EUA incluiu o bloqueio de bens, sob sua jurisdição, de sete funcionários venezuelanos, que são acusados de violação dos direitos humanos durante os protestos antigovernamentais que ocorreram no país em 2014, além da proibição da entrada dos mesmos no território americano.

Após o anúncio das sanções, Maduro pediu poderes especiais ao parlamento venezuelano para que possa legislar por decreto durante seis meses para "enfrentar" as "ameaças" dos EUA, um pedido que a Assembleia deve autorizar no próximo domingo.

Este incidente entre EUA e Venezuela é o último das difíceis relações marcadas por diversas fases de altos e baixos desde que os dois países decidiram retirar seus respectivos embaixadores no final de 2010.

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