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"Maduro é ditador e eleição na Venezuela foi fictícia", afirma Macri

O presidente argentino afirmou que só reconhece a Assembleia Nacional como a única instituição legítima na Venezuela

Macri: Maduro está levando os venezuelanos a uma situação desesperadora, afirmou o presidente argentino (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Macri: Maduro está levando os venezuelanos a uma situação desesperadora, afirmou o presidente argentino (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

AB

Agência Brasil

Publicado em 16 de janeiro de 2019 às 13h54.

Em declaração à imprensa após reunião com o presidente Jair Bolsonaro no Palácio do Planalto, o presidente da Argentina Mauricio Macri disse hoje (16) que os governos brasileiro e argentino compartilham preocupação com a situação dos venezuelanos. Segundo Macri, Brasil e Argentina reafirmaram posição de condenar o que classificam de "ditadura de Nicolás Maduro".

"A comunidade internacional já se deu conta: Maduro é um ditador que busca se perpetuar no poder com eleições fictícias, encarcerando opositores e levando os venezuelanos a uma situação desesperadora", afirmou Macri. "Reiteramos que reconhecemos a Assembleia Nacional como a única instituição legítima na Venezuela, eleita democraticamente pelo povo venezuelano", completou.

Bolsonaro disse que Brasil e Argentina têm convergência de opiniões e valores. "Essa identidade [serve] para que atuemos conjuntamente na defesa da liberdade e da democracia na nossa região. Nossa cooperação na questão da Venezuela é um exemplo mais claro no momento."

Maduro foi eleito para novo mandato, que é contestado pela comunidade internacional, e tomou posse na última quinta-feira, perante a Suprema Corte. Para o Brasil, o segundo mandato de Maduro não é legítimo, e a Assembleia Nacional Constituinte deve assumir o poder com a incumbência de promover novas eleições.

A prisão e liberação no fim de semana do presidente da Assembleia Nacional Constituinte da Venezuela, deputado federal Juan Guaidó, deve gerar uma série de reações no Parlamento venezuelano. A Assembleia Nacional convocou uma sessão para discutir a formalização da declaração de "usurpação da Presidência da República".

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