Mundo

Maduro diz que não foi à ONU por risco de sofrer atentados

O presidente venezuelano afirmou ter recebido informações sobre "possíveis atentados de setores extremistas nos Estados Unidos"

Nicolás Maduro: na quarta-feira, Maduro já havia afirmado que a Casa Branca determinou seu assassinato (Miraflores Palace/Handout/Reuters)

Nicolás Maduro: na quarta-feira, Maduro já havia afirmado que a Casa Branca determinou seu assassinato (Miraflores Palace/Handout/Reuters)

A

AFP

Publicado em 22 de setembro de 2017 às 11h12.

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, disse nesta quinta-feira que desistiu de participar da Assembleia Geral das Nações Unidas porque tinha informações sobre "possíveis atentados" contra ele.

"Este ano decidi não ir à Organização das Nações Unidas por razões de segurança, porque tinha informação de possíveis atentados de setores extremistas nos Estados Unidos", afirmou Maduro durante a inauguração de um hotel em Maracay, no estado de Aragua.

Na quarta-feira, Maduro afirmou que a Casa Branca determinou seu assassinato, um dia após acusar o presidente americano, Donald Trump, de ameaçá-lo de morte na ONU. "Sei o que estou dizendo. Deram a ordem para assassinar o presidente da República Bolivariana da Venezuela e a ordem vem do Salão Oval".

Mas nesta quinta-feira, o chanceler venezuelano, Jorge Arreaza, informou que Maduro lhe encarregou de acertar uma reunião com Trump. "Me disse: 'se conseguir que o presidente Trump me receba, me reúno com ele'.

"Nós vamos conseguir isto (reunião), parece difícil (...) mas vamos obter a paz entre Estados Unidos e Venezuela", declarou Arreaza durante reunião com movimentos sociais no Brooklyn, em Nova York.

Ao discursar na Assembleia Geral, na segunda-feira, Trump definiu o governo Maduro como uma ditadura socialista "inaceitável", e garantiu que ajudará os venezuelanos a restaurar a democracia.

"Não podemos ficar à margem e apenas observar", disse Trump, que já impôs sanções financeiras à Venezuela e a Maduro, e não descarta uma "opção militar" diante da grave crise política e econômica venezuelana.

Acompanhe tudo sobre:Estados Unidos (EUA)Nicolás MaduroONUVenezuela

Mais de Mundo

Eleições na Romênia agitam país-chave para a Otan e a Ucrânia

Irã e Hezbollah: mísseis clonados alteram a dinâmica de poder regional

Ataque de Israel ao sul do Líbano deixa um militar morto e 18 feridos

Trump completa escolha para altos cargos de seu gabinete com secretária de Agricultura