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Maduro completa 6 anos no poder e destaca "batalha e vitória"

No ano passado, o chavista assegurou sua permanência no poder até 2024 e agora enfrenta uma crise de legitimidade

Nicolás Maduro: durante a gestão do presidente, a Venezuela entrou na pior crise econômica da sua história (Marco Bello/Reuters)

Nicolás Maduro: durante a gestão do presidente, a Venezuela entrou na pior crise econômica da sua história (Marco Bello/Reuters)

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EFE

Publicado em 15 de abril de 2019 às 05h55.

Última atualização em 15 de abril de 2019 às 05h56.

Caracas - O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, completou, neste domingo (14), seis anos no poder e, embora não tenha feito grandes atos comemorativos, se manifestou através das redes sociais.

"Há seis anos, as pessoas, através do voto, ratificaram sua lealdade ao nosso comandante Chávez, ao me eleger como o primeiro presidente chavista a carregar as bandeiras da Revolução Bolivariana. Foram seis anos de união, luta, batalha e vitória. A pátria continua ...", disse o líder chavista no Twitter, se referindo à vitória de 14 de abril de 2013 contra Henrique Capriles.

No ano passado, Maduro assegurou sua permanência no poder até 2024, depois de vencer nas eleições em um pleito considerado pela oposição como fraudado.

Atualmente, o governante enfrenta uma crise de legitimidade. Em janeiro, o líder opositor e chefe do Parlamento, Juan Guaidó, invocou a Constituição para denunciar a "usurpação" da presidência e se proclamou presidente interino. A ação foi respaldada por mais de 50 países.

Durante a gestão de Maduro, a Venezuela entrou na pior crise econômica da sua história, o que inclui escassez de alimentos e remédios, deterioração dos serviços públicos, fechamento de milhares de empresas e a contração da economia em mais de 50%.

Nos últimos seis anos, a inflação passou de 56% a 1.700.000% e o salário mínimo que a maioria dos trabalhadores venezuelanos recebe caiu de US$ 200 para US$ 6, o que mantém milhões de pessoas na miséria.

A Organização das Nações Unidas estima que um de cada quatro venezuelanos precisa de assistência humanitária e que 3,7 milhões fugiram do país nos últimos anos. Brasil e Colômbia foram dois dos países que receberam venezuelanos. Hoje, o governo colombiano apresentou um "Plano de impacto" de US$ 229 milhões para apoiar os departamentos de fronteira com a Venezuela.

As medidas foram anunciadas pelo presidente Iván Duque, em reunião realizada em Cúcuta com os governadores dos departamentos de Norte de Santander, Arauca, Cesar, La Guajira, Vichada e Guainía. O pacote é dividido em três grandes áreas: fomento ao investimento, competitividade e novos empregos; atendimento humanitário e de saúde, e fortalecimento institucional.

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