Mundo

Maduro apela pela paz em carta dirigida ao povo dos EUA

O presidente da Venezuela afirmou que o governo americano quer mandar para o país o mesmo "ódio que enviaram ao Vietnã"

Maduro: no poder desde 2013, Maduro enfrenta manifestações da oposição para deixar a presidência e convocar novas eleições (Carlos Barria/Reuters)

Maduro: no poder desde 2013, Maduro enfrenta manifestações da oposição para deixar a presidência e convocar novas eleições (Carlos Barria/Reuters)

E

EFE

Publicado em 8 de fevereiro de 2019 às 10h35.

Caracas- O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, assinou na quinta-feira uma carta aberta dirigida ao povo dos Estados Unidos e os apelos pela paz em seu país e que o presidente americano, Donald Trump, que tire suas "mãos" da Venezuela.

"Acabo de assinar pela paz, acabo de assinar pela soberania sagrada da Venezuela em apoio ao direito à independência, à autodeterminação", disse, após assinar a carta em um ato com simpatizantes no centro de Caracas.

Maduro, no poder desde 2013, enfrenta o desafio do chefe do Parlamento, Juan Guaidó, que há 15 dias disse ter assumido os poderes do Executivo como presidente encarregado, diante da "usurpação", considerada por ele, faz o líder chavista.

No entanto, Maduro classificou esta iniciativa de um "show", ao mesmo tempo que acusou os Estados Unidos de promove-la para propiciar uma mudança de regime no país sul-americano.

Nesse sentido, na carta o governante alerta aos americanos na carta de que "os próximos dias definirão o futuro de nossos países entre guerra e paz".

"Seus representantes em Washington querem enviar às nossas fronteiras o mesmo ódio que enviaram ao Vietnã, querem invadir a Venezuela como fizeram em nome da liberdade", acrescenta o documento.

Os Estados Unidos, que foram o primeiro país em reconhecer Guaidó como presidente interino, lideram uma coalizão de países que levará ajuda humanitária para a Venezuela do Brasil, Colômbia, e uma ilha do Caribe que não foi anunciada ainda.

Maduro afirmou que a Venezuela não precisa dessa ajuda, e rejeita recebê-la argumentando que isso poderia levar a uma invasão armada para produzir uma mudança de governo.

Acompanhe tudo sobre:Crise políticaEstados Unidos (EUA)Nicolás MaduroVenezuela

Mais de Mundo

Manifestação reúne milhares em Valencia contra gestão de inundações

Biden receberá Trump na Casa Branca para iniciar transição histórica

Incêndio devastador ameaça mais de 11 mil construções na Califórnia

Justiça dos EUA acusa Irã de conspirar assassinato de Trump; Teerã rebate: 'totalmente infundado'