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Maduro ainda manda na Venezuela, mas não pode governar, diz Pompeo

O secretário de Estado americano afirmou que um oficial de inteligência de alta categoria próximo de Maduro desertou na última semana

Venezuela: "Maduro deve ver que seu regime está entrando em colapso", afirmou Pompeo (Miraflores Palace/Reuters)

Venezuela: "Maduro deve ver que seu regime está entrando em colapso", afirmou Pompeo (Miraflores Palace/Reuters)

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EFE

Publicado em 6 de maio de 2019 às 12h42.

Helsinque — O secretário de Estado dos Estados Unidos, Mike Pompeo, afirmou nesta segunda-feira durante uma viagem à Finlândia que o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, ainda manda no país sul-americano, embora tenha ressaltado que já não tem capacidade para governar.

"Maduro deve ver que seu regime está entrando em colapso. Como já disse antes, ele ainda manda, mas de nenhuma maneira pode governar", declarou Pompeo à imprensa durante o voo a Rovaniemi, na Finlândia, onde participa entre hoje e amanhã de uma reunião ministerial do Conselho Ártico, segundo informou o site do Departamento de Estado dos EUA.

Pompeo, que deve discutir a crise política da Venezuela com o ministro das Relações Exteriores russo, Sergey Lavrov, ressaltou que a situação do povo venezuelano segue piorando e definiu a posição de Maduro como "frágil".

"Nesta semana, embora Maduro tenha conseguido manter o controle do exército em alguns aspectos, houve muitos militares que desertaram, entre eles um oficial de inteligência de alta categoria muito próximo dele e de seu antecessor (o ex-presidente Hugo Chávez)", disse Pompeo.

Os Estados Unidos pediram em várias ocasiões ao exército venezuelano que retire seu apoio a Maduro e que se junte à revolta iniciada na terça-feira pelo líder opositor Juan Guaidó, que se autoproclamou presidente interino do país e foi reconhecido por mais de 50 países.

O responsável americano de relações exteriores reiterou que Maduro chegou a se preparar para deixar o país após o início da revolta e que, por fim, mudou de ideia, supostamente depois que foi convencido pelo Kremlin, algo que as autoridades russas negam.

"Ele (Maduro) sabe que o tempo é limitado e acredito que está buscando toda a influência que possa conseguir antes de finalmente ir embora. Não sei se isso acontecerá na próxima semana ou dentro de um mês", afirmou Pompeo.

O secretário de Estado minimizou a importância da reunião ocorrida no domingo em Moscou entre Sergey Lavrov e o ministro das Relações Exteriores venezuelano, Jorge Arreaza, na qual o primeiro reiterou o apoio do Kremlin a Maduro.

"(Lavrov) na realidade não se reuniu com um funcionário venezuelano, se reuniu com alguém próximo a Maduro, que é um renegado, não o líder da Venezuela", disse Pompeo.

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