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Maduro afirma que Macron é "pau-mandado" de Trump

Presidente venezuelano também classificou Macron como "carrasco" para destruir direitos sociais do povo da França

Ameaça de Maduro "Quem se mete com a Venezuela se dá mal" (Marco Bello/Reuters)

Ameaça de Maduro "Quem se mete com a Venezuela se dá mal" (Marco Bello/Reuters)

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EFE

Publicado em 5 de abril de 2018 às 20h21.

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, qualificou nesta quinta-feira seu homólogo francês, Emmanuel Macron, como "pau-mandado" da política do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e de "carrasco" dos interesses da oligarquia francesa.

"Macron está destruindo a França. Macron foi colocado na presidência da França para que atuasse como carrasco. Macron é um carrasco dos interesses da oligarquia financeira para destruir os direitos sociais do povo da França", declarou Maduro em entrevista coletiva.

Nesta terça-feira Macron criticou "os repetidos ataques contra o Estado de direito e os direitos humanos" na Venezuela e declarou que as condições de organização das eleições presidenciais convocadas para 20 de maio não permitem, por enquanto, um processo "livre e transparente".

Em resposta, Maduro comentou hoje que não dá ouvidos ao presidente francês por ser um "pau-mandado da política de Trump contra a Venezuela ".

O chefe do Executivo venezuelano afirmou ainda que Macron repete "o que a extrema-direita no mundo repete" e lhe advertiu que "quem se mete com a Venezuela se dá mal".

O presidente francês fez estas declarações no dia em que se reuniu com o ex-prefeito de Caracas, Antonio Ledezma, o coordenador político do partido Vontade Popular, Carlos Vecchio, e o ex-presidente do parlamento, Julio Borges.

Estas declarações levaram o governo venezuelano a entregar uma nota de protesto ao embaixador da França no país, Romain Nadal, para expressar sua preocupação com o apoio dado a dirigentes de oposição do país caribenho a quem acusam de fazer parte de "grupos extremistas".

A principal coalizão opositora, a Mesa da Unidade Democrática (MUD), decidiu não participar das eleições de 20 de maio porque considera que não há condições para que os pleitos sejam justos e transparentes.

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