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Maduro acusa EUA de terem 'plano de guerra' para 'impor sua hegemonia” no mundo

Presidente venezuelano usou discurso antigo do papa Francisco para mencionar que mundo está caminhando para Terceira Guerra Mundial

EFE
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Agência de Notícias

Publicado em 9 de setembro de 2025 às 16h45.

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O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, acusou os Estados Unidos de terem um “plano de guerra” para “impor sua hegemonia” no mundo, em meio à tensão entre os dois países por causa da mobilização naval ordenada pelo segundo no mar do Caribe.

“O império norte-americano tem um plano de guerra para tentar forçar sua hegemonia política, econômica, cultural e militar no mundo. É impossível que ele faça isso. Um mundo multipolar já é um fato”, afirmou Maduro durante entrevista à rede de televisão russa "RT" transmitida nesta terça-feira.

Maduro, que participou do programa “Conversando com Correa”, apresentado pelo ex-presidente equatoriano Rafael Correa, repetiu uma afirmação do falecido papa Francisco, que advertiu na época sobre uma Terceira Guerra Mundial.

“O papa Francisco disse há mais de dois anos: ‘Não é que estejamos caminhando para uma terceira guerra mundial, a Terceira Guerra Mundial já começou’. Eu acredito que seja assim”, afirmou.

Para Maduro, o povo não quer “a paz imperialista dos EUA”, mas “a paz com igualdade, com soberania, com independência, com identidade nacional, com justiça”.

Durante a conversa, Maduro reiterou que Washington quer levar o povo a uma “guerra” na América do Sul e acusou o governo dos EUA de querer roubar o petróleo e o ouro de seu país.

Ele ratificou o que foi dito na segunda-feira pela vice-presidente, Delcy Rodríguez, que classificou os EUA como “o centro mundial de lavagem do narcotráfico”.

“Os EUA são quem comanda todo o narcotráfico da América do Sul e do mundo”, declarou Maduro, e advertiu que é nesse país “onde estão as máfias, onde estão os verdadeiros cartéis”.

Os EUA acusam o líder venezuelano de comandar o chamado Cartel dos Sóis, um grupo supostamente ligado ao narcotráfico, que tem sido motivo da mobilização militar no mar do Caribe e do aumento para US$ 50 milhões da recompensa por informações que permitam sua captura.

Os EUA enviaram ao mar do Caribe oito navios militares com mísseis e um submarino de propulsão nuclear e ordenaram na última semana que dez aviões de combate F-35 fossem enviados para uma base aérea em Porto Rico.

Caracas respondeu com a mobilização de navios, o alistamento de milhões de combatentes e um “reforço especial” da presença militar em cinco regiões do país, localizadas - conforme anunciado no último domingo pelo ministro da Defesa, Vladimir Padrino - na costa caribenha e atlântica venezuelana.

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