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Macron visita Mossul, antigo reduto do Estado Islâmico no Iraque

No domingo, Macron visitou Nossa Senhora da Hora, uma igreja católica muito danificada desde 2003, mas que está sendo reparada pela Unesco

O presidente francês Emmanuel Macron em uma igreja católica em Mossul, Iraque. (AFP/AFP)

O presidente francês Emmanuel Macron em uma igreja católica em Mossul, Iraque. (AFP/AFP)

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AFP

Publicado em 29 de agosto de 2021 às 14h12.

O presidente francês Emmanuel Macron visitou a cidade iraquiana de Mossul neste domingo (29), antigo reduto do grupo Estado Islâmico (EI), e se reuniu com cristãos para mostrar seu "respeito por todas as comunidades" do país. 

No dia anterior, Macron participou de uma cúpula regional em Bagdá, focada principalmente no combate ao terrorismo e ao impacto da tomada do Afeganistão pelo Talibã.

Durante a reunião, o presidente francês prometeu que a França permaneceria no Iraque "quaisquer que fossem as decisões dos EUA". E acrescentou que "não haverá equilíbrio no Iraque se não houver respeito por suas comunidades".

No segundo dia de sua visita ao Iraque, Macron esteve em Mossul, a segunda cidade iraquiana, último grande reduto do EI.

Em 2017, a localidade foi reconquistada pelo exército iraquiano e uma coalizão internacional liderada pelos Estados Unidos, após intensos bombardeios e combates que a deixaram em ruínas.

No domingo, Macron visitou Nossa Senhora da Hora, uma igreja católica muito danificada desde 2003, mas que está sendo reparada pela Unesco.

Os iraquianos precisam "trabalhar juntos", disse ele em seu discurso.

Mossul ainda carrega as cicatrizes dessa ofensiva e a reconstrução da cidade "é muito lenta", disse Macron, anunciando que um consulado e escolas serão reinstalados em Mossul.

A França, que financia escolas cristãs francófonas na região, quer proteger os cristãos orientais, mas também as minorias.

O presidente francês também visitou a emblemática mesquita sunita Al Nuri, destruída pelo EI. Foi neste local que Abu Bakr al Baghdadi proclamou o "califado" liderado pelos jihadistas em 2014.

A mesquita e a igreja visitadas por Macron fazem parte dos três projetos de reconstrução dirigidos pela Unesco e financiados pelos Emirados Árabes Unidos, no valor de 50 milhões de dólares.

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