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Macron terá "conversa franca" com Zuckerberg

Presidente francês irá receber os chefes das principais empresas de tecnologia em Paris na tentativa de atrair mais investimento

Macron: presidente francês manterá conversas "francas" com o presidente do Facebook, Mark Zuckerberg (Etienne Laurent/Pool/Reuters)

Macron: presidente francês manterá conversas "francas" com o presidente do Facebook, Mark Zuckerberg (Etienne Laurent/Pool/Reuters)

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Reuters

Publicado em 16 de maio de 2018 às 14h50.

Paris - O presidente da França, Emmanuel Macron, manterá conversas "francas" com o presidente do Facebook, Mark Zuckerberg, sobre privacidade de dados e impostos dentro de uma semana, quando receber os chefes das principais empresas de tecnologia em Paris na tentativa de atrair mais investimento.

O escritório do líder francês disse que ele se reunirá com Zuckerberg e mais de uma dúzia de presidentes-executivos durante uma cúpula da Tech for Good, na qual apresentará a France Inc, mas também insistirá num imposto da União Europeia sobre volume de negócios digital e pedirá mais rigor contra notícias falsas.

Também são esperados no evento no Elysee Palace Virginia Rometty da IBM, Brian Krzanich da Intel e Satya Nadella da Microsoft.

Macron, de 40 anos, pinta-se como um campeão da juventude conectada da França e quer transformar a França em uma "nação startup", mas também está liderando esforços na Europa para que as empresas tecnológicas paguem mais impostos na fonte.

A cúpula acontece no momento em que o Facebook está sob pressão nos Estados Unidos e na Europa em relação à privacidade dos dados, após notícias de que dezenas de milhões de dados pessoais de usuários foram colhidos no site pela consultoria política Cambridge Analytica.

"Haverá discussões difíceis", disse um funcionário do escritório de Macron.

Macron terá um encontro pessoal com Zuckerberg, no qual todos os assuntos serão levantados em discussões "muito francas", disse o gabinete do presidente.

Em abril, Zuckerberg respondeu a dois dias de perguntas dos parlamentares dos EUA sobre como a empresa lida com dados privados, recusando-se a fazer promessas de apoiar nova legislação ou mudar a forma como a rede social faz negócios.

Parlamentares na Europa também estão exigindo respostas e o Parlamento Europeu solicitou que Zuckerberg comparecesse à assembléia mais de uma vez.

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