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Macron tenta acalmar temores sobre cortes de energia na França

"Somos um grande país, temos um grande modelo energético, resistiremos neste inverno apesar da guerra na Ucrânia", afirmou o presidente

O presidente francês Emmanuel Macron (2º à esquerda) e o primeiro-ministro italiano Mario Draghi (à direita) em 16 de junho de 2022 na cidade ucraniana de Irpin

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O presidente francês Emmanuel Macron (2º à esquerda) e o primeiro-ministro italiano Mario Draghi (à direita) em 16 de junho de 2022 na cidade ucraniana de Irpin (AFP/AFP)

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Publicado em 6 de dezembro de 2022 às 11h51.

O presidente francês, Emmanuel Macron, denunciou nesta terça-feira (6) os "cenários de medo" incentivados, na sua opinião, pela oposição sobre o risco de falta de energia na França durante o inverno (hemisfério norte, verão no Brasil).

"Somos um grande país, temos um grande modelo energético, resistiremos neste inverno apesar da guerra [na Ucrânia]. Peço a todos que façam sua parte", declarou Macron ao chegar a uma cúpula europeia em Tirana.

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"Cenários de medo, não para mim! Todos nos unimos e seguimos em frente", concluiu o presidente, que classificou como "estúpido" o "debate das últimas horas".

A França prepara seus cidadãos há semanas para eventuais cortes de energia a partir de janeiro, que não passariam de duas horas diárias e se estenderiam por grande parte do território.

"Não é totalmente certo que haverá cortes de energia", porque "se todos economizarem um pouco de energia, obviamente superaremos esse obstáculo", disse o ministro do Interior, Gerald Darmanin, à France Info.

Além da crise energética causada pela queda no fornecimento de gás russo à Europa em consequência da guerra na Ucrânia, a França enfrenta também o fechamento temporário de quase metade de seus 56 reatores nucleares, principalmente por problemas de corrosão.

Em 2021, a energia nuclear garantiu 69% da produção de eletricidade da segunda maior economia da União Europeia (UE) e, para evitar cortes nos próximos meses, a França vai importar eletricidade dos países vizinhos.

As palavras do centrista Macron alimentaram as críticas da oposição, que considera o governo culpado pela situação atual e denuncia as consequências dos cortes, como o fechamento das escolas pela manhã e os danos aos pacientes internados em respiração assistida.

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