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Macron questiona Putin, mas vê avanço em negociações sobre guerra na Ucrânia

Presidente francês defende maior participação da Europa nas negociações pela paz

Emmanuel Macron: Presidente francês disse ter dúvidas sobre real interesse de Putin em encerrar conflito. (Ukrainian Presidency / Handout/Anadolu via Getty Images)

Emmanuel Macron: Presidente francês disse ter dúvidas sobre real interesse de Putin em encerrar conflito. (Ukrainian Presidency / Handout/Anadolu via Getty Images)

EFE
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Agência de Notícias

Publicado em 19 de agosto de 2025 às 07h59.

O presidente da França, Emmanuel Macron, se mostrou cético sobre a "vontade de paz" do líder russo, Vladimir Putin, em relação à guerra na Ucrânia, embora tenha comemorado a possibilidade de uma reunião bilateral entre Moscou e Kiev. A declaração ocorreu a jornalistas após a reunião entre líderes europeus, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, e o dos Estados Unidos, Donald Trump

"(Putin) não dá nenhum sinal de querer a paz (...) Tenho grandes dúvidas sobre a vontade de paz do presidente russo", declarou.

No entanto, o presidente francês celebrou a possibilidade de uma reunião bilateral entre Zelensky e Putin, que poderá ocorrer nas próximas semanas, seguida por um encontro trilateral que também incluiria Trump.

"O presidente Trump acredita que está ao seu alcance conseguir um acordo, e eu quero acreditar nisso", acrescentou Macron.

Papel da Europa nas negociações

Macron também destacou a necessidade de "colocar a Europa de volta na mesa" de negociações e expressou a vontade de "ampliar as conversas" para os parceiros europeus da Ucrânia.

"É a segurança dos europeus que está em jogo", alegou.

Essa expansão do diálogo era um dos objetivos dos líderes europeus que acompanharam hoje Zelensky na Casa Branca e que debateram com Trump a situação na Ucrânia em uma reunião que o líder americano interrompeu para telefonar para Putin.

Participação de líderes internacionais

Além de Macron, estiveram presentes em Washington o secretário-geral da Otan, Mark Rutte, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, o presidente da Finlândia, Alexander Stubb, os primeiros-ministros de Reino Unido e Itália, Keir Starmer e Giorgia Meloni, e o chanceler da Alemanha, Friedrich Merz.

Apesar de se mostrar "prudente", o presidente francês reconheceu como um "avanço" a "vontade de falar sobre os problemas de fundo".

"Estamos muito longe de cantar vitória, mas quando vejo como estávamos há alguns dias, acho que alcançamos uma boa unidade entre a Ucrânia e a Europa e uma convergência entre a Europa, a Ucrânia e os Estados Unidos com as garantias de segurança e com a vontade de trabalhar em conjunto", declarou.

 

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