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Macron pede que Itália priorize a razão após críticas ao caso Aquarius

O presidente francês defende a criação de um plano de desmantelamento das redes de tráfico de pessoas na África e uma política comum de asilo na Europa

O primeiro-ministro da Itália, Guiseppe Conte, tem uma reunião marcada com Macron na próxima sexta-feira (Karpov/Reuters)

O primeiro-ministro da Itália, Guiseppe Conte, tem uma reunião marcada com Macron na próxima sexta-feira (Karpov/Reuters)

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EFE

Publicado em 13 de junho de 2018 às 14h35.

Paris - O presidente da França, Emmanuel Macron, pediu nesta quarta-feira para que os italianos priorizem a razão e deixem as emoções de lado após as críticas feitas por ele ao governo do país vizinho por se negar a receber o navio "Aquarius", com 629 imigrantes a bordo.

"Há um ano que trabalhamos ao lado da Itália de forma exemplar. Diminuímos as chegadas, com um trabalho na Líbia e no Sahel ativo e construtivo", disse Macron sobre a cooperação com o governo vizinho para reduzir os embarques de imigrantes no norte da África.

"Quem seria eu se desse razão aos provocadores?", questionou, fazendo uma referência à oposição de seu próprio país.

Para Macron, a resposta para a crise migratória passa pela promoção de uma plano de desenvolvimento, segurança e desmantelamento das redes de tráfico de pessoas na África. Além disso, segundo ele, a Europa precisa de uma política comum de asilo.

A relação entre Itália e França ficou tensa depois de Macron ter criticado o "cinismo" do governo vizinho por se negar a receber os imigrantes que estavam na embarcação "Aquarius".

O governo da Itália exigiu hoje desculpas imediatas à França pelos comentários e cancelou uma visita que o ministro de Economia do país, Giovanni Tria, faria a Paris.

O primeiro-ministro da Itália, Guiseppe Conte, tem uma reunião marcada com Macron na próxima sexta-feira. Até o momento, o governo da França diz que o encontro está mantido e que não recebeu nenhuma exigência de pedido de desculpas por parte dos italianos.

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