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Macron pede à América Latina que coopere com França e UE por um ‘mundo mais justo’

Em um artigo, presidente francês defendeu questões ambientais e de igualdade, argumentando pela união entre o norte e o sul global

EFE
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Agência de Notícias

Publicado em 24 de janeiro de 2025 às 15h12.

Última atualização em 24 de janeiro de 2025 às 15h57.

O presidente da França, Emmanuel Macron, quer que a América Latina coopere com França e União Europeia em prol de um “mundo mais justo”, em questões ambientais, tecnológicas, policiais e de igualdade, em meio a um debate sobre sua oposição ao acordo UE-Mercosul.

“Recusamo-nos a ceder à ideia de fragmentar o mundo em blocos, entre um Norte e um Sul ou entre um Ocidente e um 'resto do mundo'”, declarou Macron no artigo, publicado nesta sexta-feira nos jornais “El País”, “La Nación” e outros veículos de comunicação digitais.

O texto, intitulado “Lutemos por um novo mundo”, no qual defende boas relações entre França, Europa e América Latina, foi divulgado depois que Paris anunciou que tentará bloquear o acordo comercial entre UE e Mercosul, cujas negociações foram concluídas em dezembro de 2024.

Em seu artigo, Macron enfatiza que a França é uma nação latino-americana por causa de seus territórios ultramarinos no Caribe (principalmente Guiana Francesa, Martinica e Guadalupe) e que assumirá sua responsabilidade de “contribuir para a paz e a estabilidade no continente”.

Além disso, destacou os principais encontros futuros entre França, Europa e América Latina, como a Cúpula de Ação Global sobre Inteligência Artificial, que será realizada em Paris nos dias 10 e 11 de fevereiro, e a Conferência das Nações Unidas sobre Oceanos, que co-presidirá com a Costa Rica em Nice, em junho.

Macron também reafirmou seu apoio à candidatura chilena de Valparaíso para sediar o secretariado do Tratado de Alto Mar, o trabalho sobre igualdade com o México e a preparação da COP30 em Belém em novembro próximo.

“O futuro da França e da Europa será escrito com a América Latina e o Caribe. Lutemos juntos por um novo mundo”, concluiu.

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