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Macron exige que Putin assuma responsabilidades na trégua síria

O chefe de Estado francês pediu "medidas concretas e reais" para que o regime sírio de Bashar Al-Assad aceite "sem ambiguidades" a resolução da ONU

Emmanuel Macron: presidente francês intensificou nos últimos dias sua ação diplomática a favor de uma trégua na Síria (Brendan McDermid/Reuters)

Emmanuel Macron: presidente francês intensificou nos últimos dias sua ação diplomática a favor de uma trégua na Síria (Brendan McDermid/Reuters)

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EFE

Publicado em 5 de março de 2018 às 15h33.

Paris - O presidente da França, Emmanuel Macron, exigiu nesta segunda-feira que seu homólogo russo, Vladimir Putin, assuma "todas as suas responsabilidades" para demonstrar que seus compromissos a favor da trégua em Ghouta Oriental na Síria são "totalmente críveis".

"Dado que nenhuma evacuação de feridos e doentes foi autorizada pelo regime (sírio) e que o cessar-fogo não foi respeitado, Macron exige que a Rússia assuma todas as suas responsabilidades para demonstrar que seus compromissos são totalmente críveis", afirma a Presidência da França em comunicado.

Em uma nova conversa por telefone com Putin, o chefe de Estado francês pediu "medidas concretas e reais" para que o regime sírio de Bashar Al-Assad aceite "sem ambiguidades" a resolução 2401 do Conselho de Segurança da ONU.

"Emmanuel Macron ressaltou que os comboios humanitários devem poder se dirigir a todas as localidades necessitadas, como prevê a resolução do Conselho de Segurança da ONU votada por todos seus membros permanentes", inclusive a Rússia, acrescentou a nota.

O presidente francês também afirmou que trégua humanitária de cinco horas decidida pela Rússia em Ghouta, enclave opositor ao regime sírio, foi "insuficiente" e lembrou que os grupos armados opositores aceitaram o cessar-fogo.

Macron intensificou nos últimos dias sua ação diplomática a favor de uma trégua na Síria e teve sucessivas reuniões com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump; do Irã, Hassan Rohani; e da Turquia, Recep Teyyip Erdogan, além de ter feito contato por telefone com o secretário-geral da ONU, António Guterres.

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