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Macron diz que UE não deve aceitar novos países antes da reforma no bloco

O presidente francês afirmou que a adesão de novos países a União Europeia não deve ser realizada antes do bloco passar por profundas reformas

Macron: o presidente francês afirmou que o bloco está funcionando com dificuldades e precisa de reformas (Vincent Kessler/Reuters)

Macron: o presidente francês afirmou que o bloco está funcionando com dificuldades e precisa de reformas (Vincent Kessler/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 17 de abril de 2018 às 14h49.

Estrasburgo - O presidente da França, Emmanuel Macron, disse nesta terça-feira que a União Europeia não deve aceitar novos países membros até que o bloco esteja mais profundamente integrado e tenha passado por reformas profundas. Macron disse a legisladores da UE que deseja ancorar os países dos Bálcãs Ocidentais ao projeto europeu, mas comentou que este não é o momento para permitir que qualquer um participe do projeto.

"Eu só irei apoiar uma ampliação da UE quando houver primeiro um aprofundamento e uma reforma da nossa Europa. Não quero que os Bálcãs se voltem para a Turquia ou para a Rússia, mas não desejo uma Europa que, funcionando com dificuldade com 28 membros, decida que podemos continuar a galope seja com 30 ou 32 membros amanhã e com as mesmas regras", afirmou o presidente francês.

Líderes da UE e dos Bálcãs se reúnem no próximo mês para discutir o futuro da região, mas é improvável que o bloco de 28 países convide qualquer outro Estado para participar da união.

A chanceler da Alemanha, Angela Merkel, está planejando uma reunião com Macron ainda esta semana para encontrar soluções comuns em relação às reformas necessárias na UE. A repórteres, Merkel disse que "mais velocidade é necessária" em relação ao processo de mudanças na economia do bloco e também na política comum de cooperação em política externa, defesa e cooperação científica.

"Nós encontraremos soluções conjuntas com a França até a cúpula da UE em junho. Não estou preocupada que não possamos montar um pacote sólido até lá", afirmou a chanceler alemã.

Já o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, comentou que a UE não é apenas um clube liderado pela França e pela Alemanha, abordando preocupações de que os países tradicionais da UE dominem o bloco. Juncker disse a Macron e a legisladores da UE que "a Europa não é apenas franco-alemã". De acordo com Juncker, a chegada de Macron ao poder na França "deu uma nova esperança" ao maior bloco comercial do mundo. No entanto, ele lembrou que a UE é um conjunto, mesmo com a saída do Reino Unido do bloco no ano que vem.

 

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