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Macron diz que forças europeias podem ser mobilizadas após acordo de paz na Ucrânia

Uma reunião com chefes do Estado-Maior dos países que desejam garantir a paz na Ucrânia está prevista para a próxima semana, disse o presidente francês

Macron: "Rússia se tornou uma ameaça para a França e para a Europa" (AFP)

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Agência o Globo
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Publicado em 5 de março de 2025 às 18h24.

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Forças militares europeias podem ser enviadas para a Ucrânia se um acordo de paz for assinado, com objetivo de garantir que a Rússia não volte a invadir o país, afirmou o presidente francês, Emmanuel Macron, em um discurso à nação nesta quarta-feira, 5. Segundo ele, os soldados não estariam envolvidos em combates, mas atuariam para garantir o cumprimento do tratado.

“Eles não vão lutar hoje, não estarão na linha de frente, mas estarão lá quando um acordo de paz for assinado, para garantir que ele seja plenamente respeitado”, afirmou Macron. O francês também anunciou que chefes do Estado-Maior de países interessados em apoiar a Ucrânia se reunirão em Paris na próxima semana para discutir o papel das forças europeias no pós-guerra.

Rússia como ameaça à Europa

Durante o discurso, Macron descreveu a Rússia de Vladimir Putin como “uma ameaça à França e à Europa” e declarou que pretende abrir um debate estratégico sobre o papel da dissuasão nuclear francesa na proteção dos aliados do continente. A questão será discutida em uma cúpula especial em Bruxelas nesta quinta-feira, 6, com foco no apoio à Ucrânia e na defesa europeia.

Segundo Macron, a guerra na Ucrânia já ultrapassou suas fronteiras e faz parte de um conflito mais amplo. "A Rússia já transformou o conflito ucraniano em um conflito mundial", afirmou, citando supostas interferências russas em eleições na Romênia e Moldávia, ataques cibernéticos contra hospitais europeus e o uso de desinformação nas redes sociais.

Zelensky propõe trégua com mediação de Trump

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, propôs nesta terça-feira, 4, uma trégua com Moscou para suspender ataques aéreos e marítimos e dar início a negociações de paz sob a mediação de Donald Trump. Zelensky afirmou que deseja "consertar as coisas" com o ex-presidente dos EUA, após um encontro tenso entre os dois na Casa Branca.

As relações entre a Ucrânia e Trump ficaram abaladas depois que o republicano expulsou Zelensky da Casa Branca na sexta-feira 1º, acusando-o de ser ingrato e de não querer a paz. No entanto, Trump afirmou na terça-feira que recebeu uma carta do líder ucraniano expressando interesse em negociações e em um acordo sobre minerais estratégicos com Washington.

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