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Macron diz que Europa está pronta para oferecer garantias de segurança à Ucrânia

Por sua vez, o presidente Zelensky disse que ainda não vê "sinais" que indiquem que a Rússia tem a intenção de pôr fim à invasão de seu país, iniciada em 2022

Emmanuel Macron: presidente francês em discurso à nação na última quarta-feira, 5 (Ludovic MARIN/AFP)

Emmanuel Macron: presidente francês em discurso à nação na última quarta-feira, 5 (Ludovic MARIN/AFP)

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Agência de notícias

Publicado em 3 de setembro de 2025 às 15h47.

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Os europeus estão "dispostos" a "oferecer garantias de segurança à Ucrânia e aos ucranianos, no dia em que a paz for assinada", após um longo trabalho preparatório que está "concluído", anunciou Emmanuel Macron nesta quarta-feira (3) ao receber o presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, em Paris.

"A Europa está à altura da tarefa, pela primeira vez com este nível de compromisso e intensidade", declarou o presidente francês à imprensa no Palácio do Eliseu.

"A questão agora é saber a sinceridade da Rússia e seus compromissos sucessivos quando propôs a paz aos Estados Unidos", acrescentou às vésperas de uma cúpula da "coalizão de voluntários" dispostos a oferecer essas garantias, e de uma conversa telefônica que terão com Donald Trump.

Por sua vez, o presidente Zelensky disse que ainda não vê "sinais" que indiquem que a Rússia tem a intenção de pôr fim à invasão de seu país, iniciada em 2022.

"Infelizmente, ainda não vimos sinais por parte da Rússia que indiquem que desejam acabar com a guerra", declarou à imprensa em Paris e disse estar convencido de que a Europa e os Estados Unidos ajudariam Kiev a "aumentar a pressão sobre a Rússia para avançar em direção a uma solução diplomática".

A "coalizão de voluntários", copresidida por Emmanuel Macron e pelo primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, reúne cerca de trinta países, principalmente europeus, dispostos a apoiar o Exército ucraniano, e até mesmo a enviar tropas para a Ucrânia assim que um cessar-fogo com Moscou for alcançado, para dissuadir a Rússia de qualquer nova agressão.

No entanto, vários Estados europeus exigem algumas garantias em termos de segurança por parte de Washington para se envolverem concretamente.

"As contribuições que foram preparadas, documentadas e confirmadas esta tarde ao nível dos ministros da Defesa, de maneira extremamente confidencial, me permitem dizer: 'Aqui está, este trabalho preparatório está concluído. Agora será assumido politicamente'", explicou o chefe de Estado francês.

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