Macron: líder francês fez declarações sobre a Ucrânia durante visita a Singapura (Claudio Reis/Getty Images)
Agência de notícias
Publicado em 30 de maio de 2025 às 08h05.
O presidente francês, Emmanuel Macron, afirmou nesta sexta-feira, 30, que a decisão de sancionar ou não a Rússia, caso Moscou rejeite um cessar-fogo com a Ucrânia, é um "teste de credibilidade" para os Estados Unidos de Donald Trump.
Se a Rússia "não estiver pronta para fazer a paz", Washington deve confirmar seu "compromisso" de aplicar sanções, disse o líder francês durante uma visita a Singapura. - É um teste de credibilidade para os americanos - declarou.
- Falei há 48 horas com o presidente Trump, que destacou sua impaciência. A questão agora é: o que fazemos? Nós estamos preparados - acrescentou Macron, em uma coletiva de imprensa ao lado do primeiro-ministro de Singapura, Lawrence Wong.
O presidente francês participa, na cidade-Estado, do Diálogo Shangri-La, o maior fórum de segurança e defesa na Ásia, onde, no ano passado, esteve o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.
Acompanhado por outros líderes europeus, Macron viajou a Kiev no dia 10 de maio, quando ameaçou Moscou com sanções massivas caso a Rússia não aceitasse um cessar-fogo imediato.
O Kremlin não respondeu ao ultimato, mas propôs conversas diretas com a Ucrânia em Istambul, que ocorreram na semana seguinte.
O encontro, o primeiro entre ambas as partes desde 2022, também não resultou em avanços para alcançar um cessar-fogo. No entanto, a ameaça europeia de sanções também não se concretizou até agora.
Na quarta-feira, Trump descartou, por sua vez, impor sanções a Moscou como havia pedido Kiev, alegando que não queria "fazer fracassar" um eventual acordo de paz com medidas como essas.